O segundo domingo de agosto é marcado pela comemoração do Dia dos Pais. A importância da figura paterna no desenvolvimento e educação das crianças é inquestionável, mas o que amplia as possibilidades de atuação da sua marca para a data é a presença de homens que desenvolvem esse papel mesmo não sendo pais biológicos.
Partindo desse ponto, temos aqui a oportunidade de ampliar (e muito) as histórias e abordagens em torno da data. A diversidade de personagens se apresenta como um presente para os storytellers que desejam sair da zona de conforto e fincar a bandeira da criatividade nessa relação pai e filhos.
Vamos começar pelo tradicional. Pais biológicos na companhia dos filhos são capazes de contar histórias inesquecíveis. Lembre-se que, assim como no Dia das Mães, são os filhos que compram os presentes. Essa relação, inclusive, envolve diferentes sentimentos.
É complexo definir as relações paternas, mas talvez uma certa frieza possa determinar muitas delas por aí. Ao mesmo tempo, relações de muita dedicação e amor colorem as configurações familiares. Que tal usar um tom inspiracional para comover pais e filhos por aí? Pense que há sempre o que melhorar nos relacionamentos e muitos podem precisar de um “empurrãozinho” para se reaproximar, por exemplo.
A tradição, aquilo que o pai faz e que acaba sendo feito pelos filhos também é outra boa inspiração. No ano passado, o La Madre Docs, selo de documentários da La Casa de La Madre,contou a história de Francisco Fazio, dono de uma relojoaria em São Paulo fundada por seu pai. Ao falar sobre o conserto de relógio, o protagonista faz uma analogia com o tempo e a importância de aproveitá-lo no presente. No final, ele agradece ao pai e diz sentir saudades. “O Homem do Tempo“É uma história simples, mas cheia de simbolismos e conectivos que dão à paternidade significados capazes de fazer muita gente se identificar.
Um ponto importante a considerar é que como resultado de uma sociedade machista, o filho homem já é colocado como o mais desejado e parceiro do pai. Esqueça isso! As filhas também têm boas relações com seus pais e são parceiras para qualquer atividade. No lançamento da marca Livelo, um dos filmes que produzimos apresentava no roteiro a história de um pai ensinando o filho a surfar. Apresentamos opções de meninas no teste de VT e tanto a agência quanto o cliente toparam a troca. O filme ficou lindo e uma mensagem de igualdade de gênero foi passada, mostrando que garotas também podem surfar. Legal, né?
Aproveite a oportunidade para desconstruir estereótipos e mostrar que não existem barreiras para essa relação. Uma filha que ajuda o pai no trabalho, seja na agricultura, oficina mecânica ou engenharia não só abre espaço para a presença nas mulheres em profissões socialmente estabelecidas pelos homens como dispensa a ideia de que é preciso ter um filho para ter um herdeiro ou parceiro nos negócios de família.
Os padrastos também desempenham papéis importantes na vida dos enteados. Muitos passam a fazer parte da vida das crianças de forma intensa e ajudam na criação e educação. Outros podem chegar até mesmo na vida adulta e ocupar um espaço especial mesmo que as pessoas não tenham perdido o pai biológico ou ainda se relacionem com ele.
Brigas, desencontros, abandonos ou até mesmo a morte podem separar pais e filhos. Mensagens sobre perdão, esperança, saudade e união sempre são certeiras e tocam o público de certa forma. Pode ser nesse contexto que os pais de criação se apresentam, aparecendo avós, tios, padrinhos, primos ou irmãos.
Outra abordagem interessante é pensar no filho que também é pai. Essa transferência de amor entre as gerações e as tradições que conectam a educação de todos podem render boas histórias. Uma brincadeira que o pai fazia com o filho há 30 anos pode ser uma brincadeira que ele faz com o seu filho ou filha hoje. Ou ainda: imagine os três revisitando um local especial para a família? A reconstrução dessas cenas é um bom cenário.
Por fim, aproxime o seu público das responsabilidades paternas e da importância dessa figura na vida dos filhos. As funções e tarefas domésticas devem ser compartilhadas de forma igual com as mães e trazer isso com naturalidade não só diminui a desigualdade de gêneros, como ajuda na libertação dos homens para mergulhar de cabeça na paternidade e na educação de seus filhos sem se preocupar com antigos estereótipos.