Criatividade e empreendedorismo: tudo a ver

Criatividade e empreendedorismo: tudo a ver!

 

Os manuais de negócio que me perdoem, mas o que mais tem a ver com empreendedorismo é a criatividade. Antes até de montar um plano de negócio, de juntar dinheiro, de buscar um financiamento, o que você mais precisa é de criatividade. Agora, esquece aquela ideia do criativo como um gênio solitário isolado numa montanha tibetana. O criativo está no dia a dia, está no mundo – e a grande característica dele é ser um observador atento. Um ser incansável em busca de soluções para tudo que é tipo de coisa.

Calma! Também não estou incentivando uma total subversão, tampouco a dispensa do planejamento que qualquer negócio precisa. É mais uma abertura para que você desça do salto ou tire o terno, para arregaçar as mangas e começar debaixo. Olhe o feirante, o carrinho de pipoca, o churros gourmet que vende no parque perto da sua casa. O que eles fazem de diferente? Como eles conquistam os clientes deles? É o sorriso? É o tempero que acompanha a família há séculos? Não sei. A dica que eu te dou é que você vá descobrir.

Depois do feeling, da observação, da escuta atenta e de ter um monte de ideias, comece daí a sua imersão no que pode se tornar o seu futuro negócio. E prepare-se: você vai falhar. Mas não se preocupe – faz parte do processo começar tudo de novo.

Para empreender, feeling e ousadia

Um insight é aquela fagulha que você não sabe de onde vem. Um estalo que pode permitir uma decisão brilhante que vai mudar toda a sua vida. Exemplo clássico disso é aquela conversa de fim de semana, quando seu amigo que está cansado do emprego atual, lhe propõe “abrir um negócio novo”. Tenho certeza de que aquilo vai ficar martelando na sua cabeça por algumas horas, dias, meses e anos – até que você pense com carinho sobre o tema. Ao pensar sobre, você busca o momento exato para começar com esse projeto ousado. Esse momento nunca vem. Sabe por quê? Porque você não consegue se escutar. Porque não está preparado para o feeling que precisa para mudar de atitude. Para desenvolvê-lo, busque o autoconhecimento para saber a hora certa de dar esse grande passo. A sua intuição deve atuar como aliada e nunca como inimiga. Medite para controlar seus pensamentos e silenciar as vozes que dizem que você não é capaz – a ousadia vem logo depois.

Humildade para escutar o que o cliente deseja

Tire a pasta de couro da mão, desça do salto, bote uma camiseta leve, uma calça jeans e saia com um caderno nas mãos. Vá observar pessoas. Pense como o seu cliente pensaria. Delimite bem o seu público ao olhar seus desejos, aspirações, interesses, poder aquisitivo e mais: saiba como agradá-lo. Esforce-se para o bom atendimento em todas as esferas para encantar a pessoa que vai até o seu negócio. Adoro quando eu vou a um restaurante e o dono do local vai nas mesas cumprimentar as pessoas, indicar um prato ou mesmo senta-se para conversar de maneira despretensiosa com os clientes. Isso se torna uma característica do espaço, que de tão acolhedor, traz mais pessoas para perto.

Copie para melhorar, nunca para plagiar

Sabe benchmarking? Acho que muita gente faz errado. Porque ao invés de copiarem para aprimorar uma ideia, adaptando-a, copiam-na apenas porque deu certo em determinado lugar. Veja, não é porque deu certo vender pipoca gourmet no aeroporto, que daria certo vendê-la na sua vizinhança. Por isso, ao invés de focar somente no produto em si, que tal pensar no formato de atendimento, nas embalagens e em outros fatores que fazem dessa pipoca um produto único para os seus clientes? Do que as pessoas da seu bairro gostam? Esqueça as planilhas, faça uma andança por aí.

Não se preocupe, você vai falhar

E vai por mim: faz parte do processo. Parece clichê dizer que o mais importante é levantar, mas eu acrescento que mais necessário ainda é levantar com um plano B. Por que não deu certo? Como posso fazer diferente? Eu entendo que falhar é terrível e que parece que há diversas pessoas apontando para você, mas não se preocupe. Só você conhece a sua história e não há ninguém mais apropriado no mundo para recomeçar do que você mesmo. Como num jogo de tabuleiro, volte três casas e aprecie o percurso. Nem sempre chegar ao final é o mais importante – mais vale o prazer de jogar.

[BÔNUS]

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