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O poder das pessoas integradoras

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Pessoas integradoras: que tal se tornar uma delas?

 

Nós, seres humanos, somos seres gregários – adoramos viver em grupos. E sempre tem aquela pessoa que é a responsável por juntar todo mundo. Você conhece? Ou é essa pessoa? Alguém que está sempre com grupos de amigos totalmente diferentes, que cumprimenta todos e faz muita questão de apresentar as turmas de amigos. Essas são as pessoas integradoras e o mundo precisa muito de gente assim.

Adoro quando as empresas estimulam que sejamos genuínos integradores. Quando fazemos festinhas de aniversário, recebemos os novos colaboradores, reconhecemos os méritos e conquistas de cada um, celebramos os casamentos, os nascimentos dos filhos e tantos outros momentos que merecem comemoração. Afinal, muitos de nós passamos mais tempo na empresa do que em casa e, sendo assim, nada mais justo do que compartilharmos as nossas vitórias e novidades com os colegas que se sentem mais pertencentes à empresa graças aos bons momentos partilhados.

Um RH integrador é aquele que busca essa interação promovendo eventos saudáveis entre os colaboradores. Esse espírito de equipe se fortalece a cada balão cheio de gás ou a cada velinha assoprada e faz parte de um movimento muito positivo para construir uma rede de apoio sincera, honesta e sensível aos problemas do outro. Além disso, tende a minimizar atritos e conflitos entre os membros da organização (apesar disso, eles sempre vão existir) a fim de tornar o clima organizacional mais leve e participativo.

É claro que ser uma pessoa integradora não é simples. Demanda certo esforço de ligar para as pessoas, manter contato, estar sempre atento às necessidades e se manter aberto para ser um canal de escuta ativa e sincera. Todavia, se a empresa estimula essa cultura entre os próprios colaboradores, a construção de relações afetuosas e respeitosas entre os colegas ocorre de forma bastante natural. E é disso que precisamos: criar memórias que nos conectem à organização e aos colegas para despertar pertencimento e gratidão, sentimentos quase esquecidos na pós-modernidade.

Valorize as pessoas integradoras

Independentemente se a organização estimula a integração entre seus membros, há sempre aquelas pessoas que se destacam neste quesito. Lembro-me bem de uma moça que sempre levava bombons no dia do aniversário das pessoas do setor dela. Chocolates estes que ela comprava do próprio bolso e escrevia um cartão afetuoso para seus colegas de trabalho. A atitude genuína reverberou tanto que passou a ser uma política do RH da empresa. Sem forçar a barra, essa moça era sempre lembrada pelos colegas pela simplicidade e pelo carinho com os quais ela compunha os cartões. São pessoas assim que marcam os lugares que passamos e que fazem realmente a diferença.

Que tal se tornar uma pessoa integradora?

Caso você ainda não seja, fica o desafio. Que tal se tornar uma dessas pessoas que reúne o time? Pode ser para o happy hour, uma festinha, um jogo de tabuleiro, um futebol, um almoço, um churrasco. Opções não devem faltar na hora de pensar em juntar o pessoal para se divertir, conhecer histórias e compartilhar momentos. Garanto que podem surgir longevas e sinceras amizades dessas iniciativas.

Abraços,

André Castilho

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Jornada do herói na comunicação interna: engaje seus colaboradores

By | RH, storytelling

Jornada do herói na comunicação interna

O mito do herói é o mais comum, o mais conhecido e talvez o mais antigo que se tem notícia na humanidade. É encontrado tanto nas mitologias clássicas, como egípcia, romana e grega, quanto nas narrativas mais modernas, como X-Man, Harry Potter e nos filmes da Disney. Mas, por que essas narrativas se conectam tanto com a gente?

Primeiro porque tem a ver com uma questão psicológica e ligada ao nosso subconsciente. O herói é um ser que está em busca de evolução – seja por meio do desafio, seja por meio de uma viagem na qual ele descobre a si mesmo. Segundo porque nós, humanos, amamos as boas histórias das pessoas que chegaram lá. 

Que conseguiram subverter alguma ordem vigente para inspirar outras pessoas a chegarem adiante. É como o mito da caverna de Platão: alguém teve que sair da caverna para contar o que (h)ouve aos demais. Alguns disseram ao que saiu, que ele era louco. Outros, que era herói – bem, me apego na segunda. Vamos conhecer a jornada do herói e como ela pode motivar seus colaboradores?

O que é a jornada do herói?

É a trajetória que o ser humano comum percorreu para alcançar o patamar do herói. Que, segundo Joseph Campbell no livro “O herói de mil faces”, consiste em 12 passos que o homem comum passa para que, enfim, se torne um herói e seja reconhecido e admirado pelos membros de seu grupo/tribo.

  1. Mundo comum;
  2. Chamado à aventura;
  3. Recusa do chamado;
  4. Encontro com o mentor;
  5. Travessia do limiar;
  6. Os testes e anseios;
  7. Aproximação da caverna escura;
  8. Provação suprema;
  9. Recompensa;
  10. Caminho de volta;
  11. Ressurreição;
  12. Retorno com o elixir.

Perceba que essa narrativa é tão comum que ela praticamente norteia a maioria dos filmes da Disney e de Hollywood. É o homem ou a mulher comum, que após encontrar com um mentor (que pode ser um mago, um chefe, o avô/avó, um bicho, um duende), passa por uma série de desafios, uma provação suprema, ganha uma recompensa e volta para casa para contar a jornada de sucesso que agora o tornou herói. Tal jornada é poderosa porque se conecta com as nossas experiências e visões de mundo desde os tempos mais remotos. E é praticamente inconsciente a nossa aceitação de histórias como essas – pois, os gatilhos que elas preservam são capazes de promover mudanças reais e transformadoras.

Jornada do herói para employer branding

Employer branding é um termo novo que tem sido muito debatido nos departamentos de RHs do Brasil e do mundo. O conceito é simples: construir uma marca para engajar colaboradores. Em suma, a jornada do herói é um recurso poderoso para contar histórias tanto sobre a empresa, quanto sobre os funcionários. Exemplo disso é utilizar fotos e histórias dos próprios vendedores da empresa, ao invés de recorrer a um banco de imagens. Fazer o vídeo institucional com histórias inspiradoras de mães, pais e pessoas reais da empresa. O poder de conexão nasce de admirar essas histórias e de pessoas reais que estão lado a lado nas baias todos os dias. A jornada do herói também pode ser usada para construir a narrativa da própria empresa – a fim de valorizá-la e criar a sensação de pertencimento – tão importante para nós, humanos.

Por que a jornada do herói é tão envolvente?

Além de ser uma história que nos é contada desde o início da vida e da civilização humana, ela traz os esforços que precisamos fazer, ou o percurso, ou a jornada que precisamos enfrentar para nos tornarmos heróis. Segundo Jung no livro “O homem e seus símbolos”, “representa os esforços que fazemos para cuidarmos dos problemas do nosso crescimento, ajudados pela ilusão de uma ficção eterna.” – não é à toa que tal jornada permeie inclusive os nossos sonhos e as nossas esferas mais subconscientes. Um recurso e tanto para inspirar por meio de narrativas genuínas, que reconhecem sobretudo, o fracasso e os desafios como parte fundamental da jornada.

Você já conhecia a jornada do herói?

Em que outras áreas da vida ela poderia ser aplicada?

Escreva para mim! Mande um whatsapp para: 11 96998-8002 e vamos trocar ideias!

Ferramentas de storytelling para profissionais de RH

By | RH, storytelling

Ferramentas de storytelling para RH

Dias atrás peguei a bicicleta e fui dar uma volta aqui pelo meu bairro. No caminho, fui pensando sobre o poder de uma boa história e a palavra que não me saiu da cabeça foi: movimento. Desci do apartamento, troquei palavras com vizinhos no elevador, coloquei o capacete e fui andando pela rua. Passei pela pracinha onde crianças corriam e brincavam no parquinho. Ainda na praça, vários cachorros e seus donos passeando em um dia de sol. Enquanto isso, na minha cabeça, fervilhavam ideias.

Tudo pode virar uma boa história, desde que a gente saia e busque por ela. Ainda não tenho relatos de pessoas que fizeram história sentadas na mesa do escritório ou no sofá, na frente da TV. Quando isso acontece, somos participantes das histórias dos outros e não protagonistas das nossas próprias narrativas. A primeira dica para uma boa história é: movimente-se! E, como profissional de RH, você sabe mais do que ninguém o poder que uma narrativa bem construída tem. Já falei aqui sobre o quanto ela é importante para a área de Recrutamento e Seleção e aqui sobre como engajar os colaboradores por meio do Storytelling.

Agora, vamos para a parte prática! Aqui, tenho algumas dicas para te ajudar na utilização de ferramentas e recursos de storytelling.

Conheça a empresa como ninguém

Quando falo que o profissional de RH precisa conhecer a empresa como ninguém, não tem nada a ver com saber as diretrizes estratégicas da organização (missão, visão, valores). E sim, com um conhecimento mais aprofundado sobre a razão de ser da empresa. Como começou? Em que ano? O que acontecia de importante na época da criação da companhia? São respostas fundamentais para você iniciar a construção de um memorial que pode conter histórias de pessoas que ajudaram a fundar a organização.

Utilize entrevistas e grupos focais para conhecer a audiência

Agora falo de pessoas. Você sabe quem foi o primeiro funcionário da empresa? Os bancos de dados de RH conseguem facilmente encontrar essa informação. Por meio desta, você pode começar a traçar uma história dessa pessoa e buscá-la (caso seja possível) para uma entrevista. A entrevista com um questionário previamente preparado, pode te ajudar muito a conhecer ótimas narrativas e conseguir informações poderosas sobre a empresa e sobre as pessoas que trabalham nela. Grupos focais também são recursos incríveis para serem utilizados como o início da construção de uma narrativa. Atente-se para ler bastante sobre o tema ou busque uma consultoria especializada para conduzir as entrevistas, os grupos e a construção da narrativa  da melhor maneira possível.

Localize um bom contador de histórias

Toda empresa tem um bom contador de histórias. Sabe aquela pessoa que atrai atenção de todo mundo, ou que está sempre cercada de uma roda de pessoas? Lá está a boa storyteller. Aproveite as capacidades dessa pessoa e observe como ela interage com os demais. Convoque-a para uma entrevista e perceba as técnicas utilizadas para contar boas histórias. Lembre-se: a escuta é o principal recurso para conhecermos bem algo ou alguém. Forneça um espaço seguro e sincero para que essa pessoa se sinta à vontade para criar, se soltar e contar as experiências dela.

Busque uma consultoria especializada

As técnicas, bem como os recursos para contar boas histórias devem ser aprimorados constantemente, afinal, na era da “distração”, a qual estamos imersos 24 horas por dia, exige muito mais habilidade para encantar pessoas. Pesquisa do McKinsey Global Institute estimou que boa parte das pessoas checava o e-mail ou as redes sociais, em média, 74 vezes ao dia e que, portanto, perdem a atenção muito facilmente. Contudo, se estiverem envolvidas em uma boa história, o tempo parece nem passar e mais: gera mais engajamento e produtividade.

Busque, portanto, apoio especializado para construir narrativas envolventes. Uma consultoria ou palestra de Storytelling no RH pode gerar verdadeiras transformações na sua empresa.

Fale comigo!

Aposte no Stotytelling para recrutamento e seleção

Aposte no storytelling para recrutamento e seleção

By | RH, storytelling
Aposte no Stotytelling para recrutamento e seleção

Storytelling para encantar no Recrutamento e Seleção.

A área de recrutamento e seleção é sempre o front das empresas na busca de candidatos. E, na era digital, reter atenção e engajar pessoas para compor uma equipe é um grande desafio, pois, com tantas distrações, possibilidades e oportunidades, fica difícil ser uma empresa que marca durante a seleção. A saída, contudo, é simples: conte histórias. Aposte no storytelling para recrutamento e seleção de candidatos e se torne memorável antes mesmo da contratação.

Por meio do site Love Mondays os colaboradores avaliam as organizações onde trabalharam e, na era da transparência, as empresas precisam ficar muito atentas sobre a forma como tratam, como retêm e como engajam seus colaboradores. Hoje em dia é muito difícil vender uma imagem de ser uma empresa que respeita seus funcionários, mas que na verdade não cumpre o que promete. Todos os setores da empresa precisam estar alinhados à história da organização, o que sinaliza comprometimento, respeito e honestidade. Assim fica muito mais fácil dos recém-contratados vestirem a camisa da companhia.

Uma forma de começar a engajar as pessoas para tal, é começar a contar a história da empresa logo no primeiro contato e, assim, já é possível criar momentos inesquecíveis durante a contratação. Os candidatos das gerações Y e Z, por exemplo, quando procuram um emprego, não estão em busca apenas de bons salários e benefícios, mas de oportunidade, crescimento e reconhecimento – que pode ser permeado pela aptidão de contar histórias e de deixar um legado para a organização. O senso de propósito das novas gerações desafia ainda mais a área de RH na criação dessas experiências ditas “memoráveis” aos seus colaboradores.

Isso só é possível por meio de histórias. Desde pequenos, somos apaixonados por elas e faz parte da nossa evolução como seres humanos darmos muito valor às boas histórias. Elas nos servem de lição, apoio, aprendizado, compartilhamento, reconhecimento e ajuda a despertar o senso de pertencimento a algum lugar. Diante disso, preparei algumas dicas para te ajudar no storytelling para recrutamento e seleção. Garanto que as suas contratações nunca mais serão as mesmas.

Conte a história da empresa

Para começar, nada mais justo do que contar a história da empresa a quem se candidatou para a vaga. Durante o processo seletivo, conte a história da empresa aos candidatos e reforce o quanto é importante a candidatura deles, pois eles também desejam fazer parte dela. Isso pode ser feito por meio de vídeos institucionais, apresentações em Power Point ou mesmo por um material impresso da empresa. Esse cuidado com o recrutamento reflete em maior interesse das pessoas em poder iniciar uma nova história no lugar.

Descreva as vagas de uma forma atraente

Incorpore os conceitos de storytelling tanto na hora de criar uma vaga, quanto na hora de elaborar um job description. Para fazer isso, você deve incentivar o colaborador a fazer parte da empresa, fornecendo uma visão ampla do que as atividades que ele irá executar representam para o todo da organização. Aposte em destacar os benefícios, o salário, o campo de atuação e conte uma pequena história sobre pessoas em cargos semelhantes que construíram uma trajetória notável na empresa.

Mantenha uma forte presença nas redes sociais

Tenha uma história e uma identidade da empresa nas redes sociais. É uma empresa jovem? Engajada? Séria? Flexível? Qual história você deseja contar para atrair um tipo de candidato específico? É importante reparar que isso deve estar presente em todos os motes da organização, o que deve ser tratado tanto na comunicação interna (entre empresa e seus colaboradores) e na comunicação externa (que é a imagem que a organização passa). Quando há um alinhamento nesses discursos, existe maior possibilidade de engajamento e compromisso com a empresa.

Convoque o novo colaborador a fazer parte da história

A pessoa que está chegando ou vai chegar à empresa deseja ser muito bem recebida e acolhida pelos colegas, supervisores e demais membros da organização. Já existe uma situação de completo estranhamento por parte de quem está chegando, imagina só se essa recepção não for das melhores? É preciso ter consistência na história que foi apresentada e convocar o novo colaborador para fazer parte dela, como um novo membro e um local que tem tudo para ser acolhedor e promissor para uma carreira de sucesso.

Quando você conta histórias reais durante o recrutamento, você consegue a audiência, o engajamento e desperta o interesse dos novos colaboradores para fazerem parte da empresa. Como profissional de recursos humanos, vale a pena dispor desse poderoso recurso e utilizá-lo para contratações mais assertivas e com alto potencial de sucesso.

Quer saber mais?

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Adote práticas de Mindfulness na sua empresa

By | criatividade, RH

Mindfulness para equipes mais empáticas e produtivas

 

Tenho ouvido falar muito de mindfulness ultimamente. Acredito que deva ser porque em um mundo frenético como o nosso, a necessidade de silenciar a mente, ou pelo menos de tentar educar os pensamentos, tornou-se ainda mais necessária. Engana-se quem pensa que mindfulness é algo novo, pelo contrário, é uma técnica milenar muito difundida especialmente entre as culturas orientais.

No ocidente, contudo, muitas pessoas esqueceram-se de como é viver uma vida agradável e alegre, olhando para os outros, para a urgência e para as conquistas, ao invés de olharem para dentro de si mesmas. O grande lance é que, sem dúvidas, diante das dificuldades ou dos desafios, o mais fácil parece mesmo seguir adiante sem pensar muito no assunto e, de tropeço em tropeço, sem uma reavaliação, uma hora a situação fica insustentável.

Isso ocorre sobretudo no ambiente corporativo – sintomas como exaustão emocional, dor de cabeça, estresse psíquico e dores físicas podem caracterizar uma síndrome de burnout – que pode gerar afastamento, improdutividade e consequências mais graves que afetam a saúde do trabalhador. Pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma) mostrou que, em 2018, cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com o problema.

Vale a pena considerar práticas de mindfulness na empresa ou ao menos, convidar pessoas para falarem do tema na organização, a fim de despertar pessoas para a prática ou para as técnicas. Quer saber mais? Olha só!

O que é mindfullness?

Mindfulness é um estado de atenção plena e de consciência do momento presente – parece fácil, né? Mas, exige um compromisso contínuo, concreto e persistente nas práticas que valorizam o momento vivido ao invés de ficar sempre com o pensamento acelerado – seja pensando no passado, seja pensando no futuro. É um compromisso que se aprofunda ao longo do tempo e que é aprimorado com a prática constante. Para começar, preste atenção no agora. No que se passa nesse exato momento. Deixe a coluna ereta e concentre-se no que você está fazendo.

Técnicas de mindfulness para reuniões mais produtivas

Reuniões podem se tornar rotinas chatas e estressantes. Isso acontece porque boa parte delas começa sem um propósito específico, no qual muitas pessoas não sabem o porquê de estarem presentes, e as que sabem o porquê de estarem ali, em boa parte das vezes só estão ali com o corpo, mas não com a mente. Por isso, antes de começar qualquer reunião, uma técnica de mindfulness de um minuto pode ajudar a acalmar os ânimos e promover uma participação mais ativa dos presentes. Avise a todos que, como condutor(a) da reunião irá aplicar uma técnica para que todos possam se concentrar melhor nas deliberações a serem tomadas naquele espaço.

  1. Peça a todos que sentem de forma ereta e confortável;
  2. Sinalize que, durante um minuto, todos devem silenciar-se e prestar atenção na respiração e no momento presente durante um minuto;
  3. Volte para a reunião e peça que os participantes contribuam;
  4. Durante a reunião, evite ao máximo usar o celular, tanto para acessar aplicativos, quanto para atender ligações.

Pesquisas comprovam que as técnicas de mindfulness podem promover escuta ativa, foco, colaboração, paciência e mais senso de respeito entre os membros participantes da reunião.

Como fazer uma meditação mindfulness?

A meditação mindfulness traz inúmeros benefícios em todas as esferas. Prestar atenção no presente e vivenciá-lo, faz parte de uma vida mais plena e consciente. Para começar, reserve um tempo do seu dia para meditar. Pode ser no começo da manhã, antes de dormir ou depois do almoço. Escolha um momento com o qual você se sente confortável. Depois disso, siga os passos a seguir:

  1. Procure um lugar silencioso e confortável;
  2. Preste atenção na sua respiração (no ato de inspirar e expirar);
  3. Observe seus pensamentos sem julgá-los e, caso se distraia, volte a prestar atenção somente no ato de respirar;

Tente fazer isso várias vezes ao dia e também a prestar atenção em simples atividades cotidianas, como escovar os dentes, lavar a louça ou escutar um amigo/parente de forma sincera. Ao longo do tempo, aprimore a prática ficando mais tempo nesse estado – comece com meditações de um minuto e vá aumentando o tempo gradativamente.

Você pode tentar fazer meditações por conta própria ou mesmo de forma guiada, por meio de podcasts, vídeos no Youtube ou até em algum espaço propício para a prática, como um templo ou grupo de meditação, por exemplo.

Já pensou em montar um grupo de meditação dentro da própria empresa? Poderia ser uma iniciativa interessante.

Estimule os seus colaboradores a olharem para dentro de si e explorarem suas infinitas capacidades.

Conhece mais técnicas? Então respira fundo e vai!

Você é invisível na sua empresa?

By | André Castilho, RH, storytelling

Por André Castilho (artigo publicado originalmente na revista RH Pra Você)

O valor de uma pessoa pode ser medido pelas histórias que ela carrega em sua biografia. Mas como ter o nosso valor percebido dentro de uma empresa, quando não existe a oportunidade de compartilharmos nossas melhores histórias? Seja por nos sentirmos diminuídos dentro da hierarquia, por não nos vermos como protagonistas de nenhuma epopeia, ou simplesmente por não sermos encorajados, acabamos por guardá-las em um baú empoeirado, misturadas a outras coisas sem valor. E assim, vamos nos acostumando a seguir o script que nos é dado, sem que ninguém saiba quem somos, passando invisíveis aos olhos dos nossos colegas e superiores.

Um exemplo da transformação que as histórias causam em um grupo é quando chegamos no aniversário de um amigo e somos apresentados à roda de convidados. No começo, todos aqueles rostos parecem iguais e até intimidadores. Os nomes fogem da memória antes mesmo de desapertar o aperto de mão. É desconfortável se manter na roda, porque ninguém tem a menor afinidade com você – e nem você com alguém. Dói perceber que toda a sua existência e construção de identidade de décadas são insignificantes para aquele grupo, e o seu único amigo ali é o copo de bebida. Até que alguém resolve quebrar o gelo e vem puxar assunto: “de onde você conhece o Fulano?”, “e você faz o que da vida?”, “ah, que legal, você também pratica yoga! Ashtanga ou Hatha?”. E então, como num passe de mágicas, antes mesmo que o drink esvazie, vocês passam a existir uns para os outros. “Qual o seu nome mesmo?”. Dessa vez o cérebro guarda. “Me adiciona no Instagram”, “pega o meu Whatsapp”. Por que isso aconteceu tão rápido? Porque ambos trocaram pequenas histórias que revelam muito de quem vocês são. Com isso, criaram empatia um pelo outro. O que, no ambiente corporativo, é sinônimo de colaboração.

Faça o teste aí, na sua empresa. Olhe ao seu redor, por cima da sua baia. Você sabe o nome de todas as pessoas do seu departamento? Você sabe quem são essas pessoas, para além do papel social que ocupam dentro do escritório? Qual desses crachás esconde a dor de uma perda recente na família? Qual dessas mulheres enfrenta diariamente o escuro e as ruas desertas da periferia para pegar um ônibus às 5h da manhã e botar comida no prato do filho? E você? Alguém já te perguntou sobre a jornada que te trouxe até aqui? Você já contou para algum colega que você gostava de fazer shows de mágica nas festas de família, mas que hoje tem medo de falar em público? E aí, na devolutiva, essa pessoa lhe confessou que sempre quis aprender a dançar, mas que nunca se sentiu capaz? Como seria a relação entre vocês a partir deste dia?

Mas se as histórias de cada um não são muito conhecidas por aí, onde você trabalha, por outro lado, provavelmente todos os departamentos já estão comentando da assistente do diretor que recebeu uma promoção “porque ele gosta de loira” – e nem cogitam que, talvez, ela possa ter subido de cargo pelo seu talento. Ou que o Felipe, da contabilidade, e a Jussara, da limpeza, estão tendo um caso, escondidos. Absurdo! Mas a notícia da semana foi o climão que ficou quando a Juliana, do financeiro, “desfilou” o dia inteiro com a calça manchada de sangue menstrual, porque seu absorvente vazou no meio de uma reunião.

A fofoca é a modalidade de storytelling que reina absoluta no ambiente corporativo. Uma ferramenta inata do ser humano, que pulveriza veneno pelos corredores acarpetados e cria clãs de vikings dentro dos departamentos. Infelizmente, a maioria das empresas experimenta apenas os aspectos negativos do poder das histórias. Mas existe uma solução: cultivar um jardim livre de veneno e ervas daninhas, para que as borboletas possam se aproximar. Ao profissional de RH, cabe a maestral tarefa de incentivar e fornecer todos os recursos para que seus colaboradores aprendam – e se encorajem – a garimpar aquele velho baú esquecido para encontrar suas jóias perdidas. Imagina o impacto positivo que vai acontecer quando você, eu, a pessoa que senta do outro lado do seu monitor, conseguirmos olhar para o outro e enxergarmos um espelho, percebendo que o tempo todo estivemos invisíveis não para o mundo, mas para nós mesmos.

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(Foto por Ben White sob licença gratuita do Unsplash)