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Cinco livros (+bônus) para despertar a sua criatividade

By | criatividade

Dicas de livros para despertar a criatividade.

Ser criativo é inerente à nossa humanidade. Apesar disso, quase diariamente nos queixamos de problemas como “falta de criatividade”, “bloqueio criativo” e da terrível mesmice que nos acompanha do trabalho à vida pessoal. Por isso mesmo é que devemos buscar artifícios e repertório para nos tornarmos mais criativos – somente assim, exercitamos o que há de mais poderoso em nós, que é a capacidade de transformar a realidade em que vivemos.

Quando penso em criatividade, lembro-me sempre de uma chefe que eu tive que era apaixonada por livros, a Cláudia. Ela era calma, atenciosa, boa ouvinte, prática e ótima líder. Ela sempre estava com um livro nas mãos. Enquanto a galera ia jogar videogame na salinha ao lado na hora do intervalo do almoço, ela aproveitava esse tempinho para se atualizar nas leituras.

Era uma leitora ávida e estava sempre em busca de conhecimento para aprimorar os processos da empresa e garantir insights únicos para a sua vida pessoal. A Cláu (passei a chamá-la assim quando ganhei intimidade) também tinha um bloquinho de papel onde ela anotava umas coisas – sempre fiquei curioso para saber o que tinha lá naquele caderninho! Um dia ela me deixou ler. Eram poemas, que ela criava a partir de situações cotidianas. Aquilo me inspirou a enxergar o ordinário sempre como extraordinário. Ao me lembrar disso, nada mais honesto do que trazer para vocês alguns livros que eu considero importantes para a minha trajetória criativa. Espero que vocês gostem!

Grande magia – Elizabeth Gilbert

A autora do premiadíssimo best-seller “Comer, rezar, amar” volta-se para a não-ficção em um livro que trata da criatividade sem medo. Não daquela criatividade que se esconde em uma ilha isolada ou no pico de uma montanha junto aos eremitas, mas de uma vida criativa real e possível, na qual existe muita curiosidade, abertura para experiências e coragem, especialmente para aceitar os erros como parte integrante da jornada. O livro é dividido entre os capítulos: 1) Coragem; 2)Encantamento; 3) Permissão; 4) Persistência; 5) Confiança e 6) Divindade e traz ótimas histórias, bem como casos sobre a vida criativa.  

Roube como um artista – Austin Kleon

O autor do livro discorre sobre o seguinte mote: “nada se cria, tudo se copia”. Mas, ao falar em “roubo”, ele utiliza-se da metáfora de que sempre devemos estar roubando o que é bom dos artistas, das obras e de tudo o que nos rodeia para criar as nossas próprias referências. É por meio dessa aquisição que conseguimos construir novas ideias e, por meio delas exercitar a criatividade diariamente. Para Kleon, roubar está longe de “copiar” ideias, apenas de reconhecer que todo trabalho criativo tem origem em outros e que temos a capacidade de dar novas roupagens para criar algo único e nosso. Costurar dados, informações, insights e a própria percepção do cotidiano é o que garante trabalhos e ideias brilhantes.

O caminho do artista – Julia Cameron

Considerado por muitos como “a bíblia da criatividade”, o livro de Cameron traz exercícios práticos para uma vida mais criativa e muitas técnicas para enfrentar o “bloqueio criativo”. Para a autora, todo ser humano é criativo, pois essa é uma condição intrínseca à humanidade, mas que é preciso sempre exercitar a mente com técnicas e métodos que nos fazem encontrar com o nosso artista interior, com a nossa força criadora. No livro, ela traz, de forma sistemática, 12 semanas de exercícios e práticas para recuperar e/ou fortalecer a criatividade. Uma das técnicas que mais me chamou atenção foi a das “páginas matinais”, ou “morning pages”, que consiste em redigir, toda manhã, cerca de três páginas com pensamentos livres e soltos. A técnica promove além de uma limpeza mental, uma atenção aos primeiros pensamentos do dia, que costumam ser os mais puros.

Pense como um artista – Will Gompertz

De forma bastante ousada, o autor traz as histórias de artistas consagrados como Andy Warhol, Marcel Duchamp, Vincent Van Gogh com análises sobre as obras e algumas discussões sobre os processos criativos. Histórias que despertam para vivências que não são amplamente discutidas, mas que encorajam os leitores a libertarem o lado artístico, afinal, segundo o próprio autor “Somos todos artistas. Só precisamos acreditar nisso. É o que os artistas fazem.”

Escrita criativa: da ideia ao texto – Rubens Marchioni

A criatividade pode estar atrelada também com o fato de encontrar o seu “eu autor”. Nesse livro, Marchioni ensina algumas técnicas de escrita criativa e mostra algumas formas de como encontrar-se com a autoria no processo criativo que envolve o ato de escrever. Que consiste em encontrar um estilo próprio, ter coragem para expor suas ideias e persistência para aprimorá-las, além de trazer uma série de perguntas provocativas sobre criatividade. Uma delas me marcou muito: “De que outro jeito eu posso fazer o que eu estou fazendo?” E a atitude, a qual ele menciona, para responder a essa questão é simples: “Trabalhe incessantemente até descobrir.” – Provocador, não?

[BÔNUS]

O filho de mil homens – Valter Hugo Mãe

Com uma linguagem primorosa e cheia de neologismos, o autor conta a história de Crisóstomo, um pescador solitário que vai em busca de alguém que o complete, pois o fato de não ter tido filhos o tornou alguém solitário e que está sempre em busca de uma metade. Sua trajetória narra conflitos existenciais e aborda temas como solidão, tristeza, esperança, vulnerabilidade e sensibilidade. Por que indico? Além da linguagem bastante criativa, é um livro bonito que trata dos afetos que temos, que perdemos e sobre o porquê de mantermos na nossa vida as pessoas que estão próximas. A leitura é deliciosa e vale demais como uma ampliação do repertório criativo.

Como se encontrar na escrita – Ana Holanda

Ana Holanda, jornalista que passou por diversas redações em todo o país, conduz o leitor a uma jornada diferente. A proposta é se encontrar na escrita afetuosa, uma escrita sincera e visceral para que somente com o resgate do que vem de dentro, seja possível criar uma escrita verdadeira e única. O livro é delicioso e encantador – por meio das histórias dela, Holanda também traz uma série de exercícios práticos ao fim de cada capítulo para exercitar a criatividade, a escrita, a escuta e uma intensa observação do cotidiano.

Os livros são recursos fundamentais para ter ideias mais criativas. São formas de te conduzir ao percurso criativo com as ideias e dados de quem trabalha diretamente com isso. Suba nos ombros de gigantes para alcançar visões mais amplas sobre o mundo, sobre a vida e sobre si mesmo. Boa jornada!

P.S: Vale lembrar que depois de me inspirar tanto na Cláudia, nunca mais abandonei o meu caderninho de boas ideias.

Abraço,

André Castilho

Alimente a sua vida criativa

By | criatividade, empreendedorismo

Vida criativa sem medo? É só chegar!

A criatividade está sempre cercada de mitos e boa parte deles é responsável por colocá-la em um pedestal inalcançável. Aquela lâmpada que acende quando aparecem as ideias geniais nos desenhos animados tem muito pouco a ver com criatividade, por exemplo, e sim, com o início de um despertar, mas que precisa constantemente ser alimentado. Com o que e como você tem alimentado a sua vida criativa?

Bom, deixa eu explicar melhor. Esse lance de iluminação, de inspiração e de ideia genial que vem do nada está muito distante do que a criatividade realmente parece ser, ou precisa ser para que você se torne alguém criativo. E quando eu falo isso, é comum que muita gente se assuste ou até que me ache pretensioso, afinal, eu já trabalho com isso há muito tempo. É como se eu quisesse fazer algo complexo parecer muito simples.

Mas, não se engane, caro padawan: é simples mesmo!

Quando você entender que qualquer criação sua, seja ela qual for, é um filhotinho que precisa ser alimentado constantemente, vai ficar muito mais simples de te mostrar o quanto nós subestimamos o poder do cultivo das boas ideias reduzindo-as a meras fagulhas que demoram a aparecer e que, quando aparecem, devem ser levadas às últimas consequências, quando na verdade não funciona bem assim. Quer ver?

Criatividade é colaboração: uma mente ligada a outras mentes

“Pessoas normais falam sobre coisas, pessoas mesquinhas falam sobre pessoas e pessoas sábias falam de ideias.” – ao buscar essa frase no Google e clicar no Google Imagens, percebi que ela é atribuída a uma série de pessoas: de Leandro Karnal a Clarice Lispector, de Confúcio a Aristóteles. Mas, fique tranquilo, pois todos eles estão cobertos de razão. Diante disso, cabe pensar: qual foi a última vez que você parou para falar sobre as suas ideias? Pois, saiba que falar sobre elas é um dos alimentos mais saudáveis para que elas ganhem novos contornos. Exercite o hábito de compartilhar suas ideias e insights com quem está disposto a te ouvir, tanto para te apoiar, quanto para te criticar. Procure apoiadores e permita que eles possam compartilhar e contribuir. Hoje em dia, isso está ainda mais fácil com a utilização da internet. Não tenha medo de se expor e buscar grupos de discussão que são adeptos do que você acredita. Grandes ideias nascem de outras, pode apostar!

Pratique o desapego das suas ideias e compartilhe

Para compartilhar, contudo, é preciso desapegar. Não dá para se comportar como um acumulador de ideias e dados em um mundo como o nosso, de informações em escala exponencial. Assim como não dá para ser uma máquina-de-spam-ambulante, que só fala e não escuta. O equilíbrio está em compartilhar o que você tem e ouvir o que o outro tem para, a partir daí, surgir algo completamente novo para ambos. Ideias novas não podem e nem servem para enferrujar. Dê a elas o que elas precisam: movimento. A sua criatividade agradece.

Guarde e preserve o seu repositório de ideias

Tá, eu sei que é difícil ter à mão um caderno e uma caneta toda hora. Mas você pode, por exemplo, gravar. Que tal começar a gravar algumas vozes da sua cabeça? Alguns poemas, músicas, observações engraçadas sobre a vida e insights? Você vai se surpreender ao encontrar essas gravações que podem se tornar um repertório bastante produtivo para compor ideias novas. Então, organize o seu repositório, de preferência em um lugar só. Acho que o Evernote, por exemplo, é um ótimo recurso por isso. Dá para guardar áudio, vídeo, foto e o que mais você precisar para alimentar a sua vida criativa. Para quem trabalha com imagens, o Pinterest é, sem dúvidas, um excelente arquivo de referências para desenvolver a criatividade. Enfim, encontre o seu método, seja fiel a ele e cuide com carinho do seu repertório.

Não tenha medo de ser um amador: entusiasmo é contagioso

O mundo está mudando tão rápido que está transformando TODOS em amadores. É como se não pudéssemos mais acompanhar a quantidade de cursos e qualificações necessárias para se tornar um exímio profissional. Por isso, não dá para ter medo de ser “amador” e falar com paixão e entusiasmo do que você gosta e acredita. Não significa, é claro, que você não deva buscar qualificação em determinada área do conhecimento, mas sim, que saiba respeitar o seu tempo e abraçar o desconhecido para descobrir novos hobbies, rotinas e prazeres.

Aprenda a apanhar

Certa vez, minha mãe disse que quando vamos ficando mais velhos, o “couro vai ficando grosso”. Mas, ao invés de tomar o lado negativo desse sábio dito popular que consiste em se decepcionar tanto a ponto de não sentir mais, retiro daqui, a nossa capacidade de suportar mais as críticas e interferências no nosso trabalho. Ou seja, aprendemos a “apanhar” e sabemos bem quando as críticas são realmente boas e quando elas são totalmente dispensáveis. É esse aprendizado que nos ajuda a lapidar ideias e limar o que não precisa mais estar ali.

Diga não e encontre o seu horário de criar

Por último, mas não menos importante, o alimento mais nutritivo para a sua vida criativa é: tempo. Você precisa dedicar momentos do seu dia para criar. Portanto, evite assumir excesso de responsabilidades, saiba dizer não e respeite o tempo destinado para criar algo. Certa vez, eu questionei a um amigo como que ele, aos 26 anos, já tinha escrito 3 livros. A resposta foi rápida e certeira: disciplina. E comentou que mesmo quando ele não queria, ele se obrigava a escrever alguma coisa. Aprenda a criar esse momento todo seu e se possível, faça até uma plaquinha: “Mente criativa produzindo. Não entre!” e preserve esse espaço destinado exclusivamente para que a sua vida criativa possa fluir sem interrupções.

“Encontre a sua voz, grite bem alto e continue gritando até que as pessoas certas o encontrem.” – Dan Harmon

Abraços,

André Castilho

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Quer saber ainda mais?

 

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Adote práticas de Mindfulness na sua empresa

By | criatividade, RH

Mindfulness para equipes mais empáticas e produtivas

 

Tenho ouvido falar muito de mindfulness ultimamente. Acredito que deva ser porque em um mundo frenético como o nosso, a necessidade de silenciar a mente, ou pelo menos de tentar educar os pensamentos, tornou-se ainda mais necessária. Engana-se quem pensa que mindfulness é algo novo, pelo contrário, é uma técnica milenar muito difundida especialmente entre as culturas orientais.

No ocidente, contudo, muitas pessoas esqueceram-se de como é viver uma vida agradável e alegre, olhando para os outros, para a urgência e para as conquistas, ao invés de olharem para dentro de si mesmas. O grande lance é que, sem dúvidas, diante das dificuldades ou dos desafios, o mais fácil parece mesmo seguir adiante sem pensar muito no assunto e, de tropeço em tropeço, sem uma reavaliação, uma hora a situação fica insustentável.

Isso ocorre sobretudo no ambiente corporativo – sintomas como exaustão emocional, dor de cabeça, estresse psíquico e dores físicas podem caracterizar uma síndrome de burnout – que pode gerar afastamento, improdutividade e consequências mais graves que afetam a saúde do trabalhador. Pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma) mostrou que, em 2018, cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com o problema.

Vale a pena considerar práticas de mindfulness na empresa ou ao menos, convidar pessoas para falarem do tema na organização, a fim de despertar pessoas para a prática ou para as técnicas. Quer saber mais? Olha só!

O que é mindfullness?

Mindfulness é um estado de atenção plena e de consciência do momento presente – parece fácil, né? Mas, exige um compromisso contínuo, concreto e persistente nas práticas que valorizam o momento vivido ao invés de ficar sempre com o pensamento acelerado – seja pensando no passado, seja pensando no futuro. É um compromisso que se aprofunda ao longo do tempo e que é aprimorado com a prática constante. Para começar, preste atenção no agora. No que se passa nesse exato momento. Deixe a coluna ereta e concentre-se no que você está fazendo.

Técnicas de mindfulness para reuniões mais produtivas

Reuniões podem se tornar rotinas chatas e estressantes. Isso acontece porque boa parte delas começa sem um propósito específico, no qual muitas pessoas não sabem o porquê de estarem presentes, e as que sabem o porquê de estarem ali, em boa parte das vezes só estão ali com o corpo, mas não com a mente. Por isso, antes de começar qualquer reunião, uma técnica de mindfulness de um minuto pode ajudar a acalmar os ânimos e promover uma participação mais ativa dos presentes. Avise a todos que, como condutor(a) da reunião irá aplicar uma técnica para que todos possam se concentrar melhor nas deliberações a serem tomadas naquele espaço.

  1. Peça a todos que sentem de forma ereta e confortável;
  2. Sinalize que, durante um minuto, todos devem silenciar-se e prestar atenção na respiração e no momento presente durante um minuto;
  3. Volte para a reunião e peça que os participantes contribuam;
  4. Durante a reunião, evite ao máximo usar o celular, tanto para acessar aplicativos, quanto para atender ligações.

Pesquisas comprovam que as técnicas de mindfulness podem promover escuta ativa, foco, colaboração, paciência e mais senso de respeito entre os membros participantes da reunião.

Como fazer uma meditação mindfulness?

A meditação mindfulness traz inúmeros benefícios em todas as esferas. Prestar atenção no presente e vivenciá-lo, faz parte de uma vida mais plena e consciente. Para começar, reserve um tempo do seu dia para meditar. Pode ser no começo da manhã, antes de dormir ou depois do almoço. Escolha um momento com o qual você se sente confortável. Depois disso, siga os passos a seguir:

  1. Procure um lugar silencioso e confortável;
  2. Preste atenção na sua respiração (no ato de inspirar e expirar);
  3. Observe seus pensamentos sem julgá-los e, caso se distraia, volte a prestar atenção somente no ato de respirar;

Tente fazer isso várias vezes ao dia e também a prestar atenção em simples atividades cotidianas, como escovar os dentes, lavar a louça ou escutar um amigo/parente de forma sincera. Ao longo do tempo, aprimore a prática ficando mais tempo nesse estado – comece com meditações de um minuto e vá aumentando o tempo gradativamente.

Você pode tentar fazer meditações por conta própria ou mesmo de forma guiada, por meio de podcasts, vídeos no Youtube ou até em algum espaço propício para a prática, como um templo ou grupo de meditação, por exemplo.

Já pensou em montar um grupo de meditação dentro da própria empresa? Poderia ser uma iniciativa interessante.

Estimule os seus colaboradores a olharem para dentro de si e explorarem suas infinitas capacidades.

Conhece mais técnicas? Então respira fundo e vai!

Bloqueio criativo. E agora?

By | criatividade

Problema é resultado de uma série de fatores que vão do aperto no coração à sensação de ser uma farsa e até mesmo vontade de pular num precipício.

*Artigo publicado originalmente no Meio&Mensagem. Por André Castilho.

Ser criativo não significa que você terá ideias bacanas a todo momento, como um botão que você aciona e pronto, o insight surge magicamente. Criatividade é sim uma qualidade e pode estar no seu DNA, mas o bloqueio criativo é comum e chega sem avisar, sem marcar dia, ou local. Por essa razão o bloqueio criativo é o pesadelo de dez entre dez profissionais do nosso setor. O que devemos fazer quando a fonte de inspiração parece ter chegado ao fim? Em primeiro lugar, é preciso ter calma. Respire fundo, jogue água gelada no rosto e lembre-se que todo ser humano pode sofrer um apagão.

Quando a criatividade some e as ideias não se conectam uma às outras, é preciso parar e pensar no que está sugando suas energias. As causas são variadas e vão desde a busca incessante pelo perfeccionismo, passando pelo medo de não superar as expectativas e até mesmo perda de ânimo, provocado pelo estresse.

Para deixar essa dificuldade momentânea de lado e não ficar com aquela sensação de que ser criativo é um dom para poucos, uma das principais dicas é conversar com alguém. Dê uma volta na rua e puxe assunto com pessoas aleatórias. Se você for tímido, chame um Uber para ir até o mercado e comece um assunto com o motorista, mostrando interesse pela vida dele. Não existe nada melhor do que um bom bate papo para ajudar as ideias começarem a fluir. Ouvir as pessoas ajuda a abrir mais a mente, o que pode contribuir – e muito – para destravar ideias.

Se mesmo assim, nenhuma história surgir, é sinal de que é hora de parar e relaxar. Reserve alguns minutos para você mesmo, caminhe para arejar o pensamento, tome um café na sua caneca do Mickey preferida ou faça alguma coisa que dê prazer. Há os que preferem ouvir música, outros exercitar o corpo e aqueles que recorrem à meditação. Encontre aquilo que funciona melhor com você.

Outra dica é fazer cursos de assuntos que não tenham nada a ver com seu trabalho Por exemplo, massagem, jardinagem ou dança cigana. Isso ajuda sua mente a viajar e, quem sabe, até mesmo descobrir novas habilidades e um novo talento. Sua mente tem vários compartimentos e muitos, com certeza, ainda são desconhecidos.

Esqueça os anuários de criação, blogs de publicidade, campanhas de sucesso já premiadas. Busque inspiração com os maiores contadores de história: na literatura, no teatro, no cinema e na TV (leia-se séries gringas). Analise as engrenagens das obras que se comunicam ou retratam o target e o universo que você mapeou.

Se ainda assim a inspiração não chega, procuro ter contato com a natureza: piso no chão de terra ou abraço uma árvore. É sério! Isso ajuda – e muito. Mas, se a natureza está longe e o tempo é curto, vou até o parque mais próximo, deito na grama com o meu caderninho e a minha playlist preferida e deixo os pensamentos fluírem. Outra opção é ir até uma livraria e folhear livros de sessões que nunca daria bola. Deixe a mente sempre aberta.

E, por falar em mente aberta, deixe seu lado lúdico vir à tona. Passe uma tarde com seu filho ou sobrinho ou se ofereça para cuidar do filho do vizinho. Crianças são uma fonte inesgotável de criatividade.

Se você tem um prazo maior ou simplesmente está trabalhando em algo pessoal, aproveite e deixe seu projeto descansando um dia. Se você está escrevendo um texto e perde a inspiração, deixe para finalizá-lo no dia seguinte. Com o cérebro descansado, as ideias brotam mais facilmente e o momento tão esperado, o momento “eureca” surge naturalmente.

Outra alternativa é fazer uma lista de 50 ideias que você considera ruins e as colocar no papel em cinco minutos cronometrados. Essa é uma tática para soltar a criatividade, sem dar tempo para o julgamento atuar. Depois releia tudo e veja a mágica acontecer. Pelo menos uma ideia terá potencial para se tornar uma boa história. Ou, então, já teremos o cérebro aquecido e nos livramos daquela pressão “preciso ter uma grande ideia” – essa cobrança é a maior assassina da nossa criatividade.

Enfim, o bloqueio criativo é resultado de uma série de fatores que vão do aperto no coração à sensação de ser uma farsa e até mesmo vontade de pular num precipício. Todo ser humano tem “direito” a ele e o que importa é que existem mil e uma maneiras de driblá-lo. Dê um tempo, prepare a sua jogada e siga firme em direção a sua meta: criar uma boa história.

Se você tem uma equipe que precisa superar o bloqueio criativo para inovar, fale comigo no [email protected] ou mande um whatsapp para 11 96998-8002.

 

*Foto da capa por Oscar Keys obtida sob licença da Unsplash