No auge da crise das queimadas na Amazônia, no final de agosto, eu recebi um áudio pelo Whatsapp de um amigo indígena da tribo dos Huni Kuin, que vive em uma das aldeias que mais castigadas. Ele me disse que estavam botando fogo criminoso na aldeia, e que membros de outras tribos haviam relatado tiros de metralhadora em plena madrugada para intimidá-los.
O caminho óbvio para mim seria fazer um vídeo denunciando os fatos, mas diante da dificuldade logística de ir para a Amazônia e da falta de disponibilidade de alguns parceiros para aquele exato momento, eu optei por dar voz ao cacique Tupi Ará Aruanã e compartilhar seu texto (intitulado “Carta à Humanidade: O Último Suspiro da Floresta”) em uma das páginas que eu tenho no Facebook, que possui cerca de 2 mil seguidores. Tratava-se de uma obra de ficção, uma história que eu escrevi, baseada nas denúncias que eu havia recebido. Veja o post aqui.Como minha base de seguidores era muito pequena, investi R$ 65 reais no impulsionamento do post e, então, a magia aconteceu.
Em 3 dias (período da campanha), a história havia recebido mais de 600 compartilhamentos, que multiplicados organicamente ao longo dos dias totalizam 954 compartilhamentos e 269 comentários. A título de comparação, o Greenpeace divulgou um vídeo de sensibilização para o tema em sua página do Facebook no final de agosto com a hashtag #TodosPelaAmazônia e atingiu a marca de 217 compartilhamentos e 213 comentários. A página deles no Facebook tem 3.2 milhões de seguidores.
Qual é a lição que podemos tirar desse experimento? Que hoje, só há lugar para HISTÓRIAS DE IMPACTO.
Eu desafio você, diretor ou gerente de marketing que está me lendo agora, a convocar a sua agência e pedir para o VP de criação uma história que seja compartilhada 954 vezes com 65 reais de investimento de mídia. Pode produzir um vídeo de 1 milhão de reais ou escrever um simples texto, não importa, desde que você bata os meus números. Pra te colocar em condições de igualdade neste desafio, não precisa assinar com a sua marca. Só escolhe uma causa e vai fundo. Faz esse exercício e depois me conta como foi.
Se você não for bem-sucedido no desafio, não se desespere. A sua empresa não é a única fadada à irrelevância. Em uma década, 50% das top 500 empresas da Forbes serão riscadas da lista. É claro que existem dezenas de outros fatores, mas uma coisa eu garanto: dinheiro nenhum vai salvar a sua empresa sem investimento em narrativas de impacto.
Ser uma pessoa criativa não é difícil. Até acredito que, particularmente, todo mundo é criativo, só não explora ao máximo as capacidades porque a parte difícil mesmo é ter persistência para traçar caminhos mais criativos ao longo da vida. É muito mais fácil acostumar-se a uma vida previsível, ao conforto e ao local onde tudo dá certo e é possível.
Bom, pensando em você que está cansado de tudo isso aí acima, é que eu trouxe algumas ferramentas, recursos ou saídas para se tornar mais criativo no dia a dia. Pode parecer simples, mas sem persistência, boa parte do que eu trarei abaixo vai se tornar pequeno demais se você não se dedicar o suficiente.
O caderno que você nunca escreveu nada
Você começou um curso de uma coisa que você adora. Comprou um caderno novo para encher de anotações, mas na realidade não escreveu nada. O caderno ficou ali parado, em branco, jogado na gaveta do escritório implorando por atenção, um rabisquinho simples que fosse e nada. Bem, olhe para esse espaço especial e adote-o como o seu caderno de criatividade. Para ser criativo você nem precisa comprar o melhor apetrecho, não. Pega o velhinho mesmo. Faça anotações, listas, rabiscos, colagens, ilustrações e o que mais você quiser para construir as suas referências de criatividade. Depois de um tempo, você vai notar a diferença do que está sendo construído. Desafie-se a preenchê-lo por completo.
Aquele aplicativo que o seu amigo falou
Sobre meditação, sobre foco ou sobre os dois. Os aplicativos podem ser ferramentas muito úteis para te ajudar na criatividade. Tanto aqueles que servem para anotar referências quando você está na rua, como o Evernote ou o Google Keep, quanto um que te ajuda a ficar focado, como o Pomodoro. Mas, vá além! Registre o seu humor, as fases da lua e outros fatores que podem interferir na sua criação. Depois disso, faça uma análise e identifique os dias que você está mais criativo, os melhores dias para produzir coisas e seja persistente.
No meu canal de YouTube tem um vídeo onde falo sobre 6 apps que te ajudam a dar um gás criativo. Confira:
Livros que nunca foram lidos
Não precisa comprar livros novos de criatividade. Mesmo! Pegue aquele livro que está na sua estante há meses e que nunca foi lido. As páginas dele escondem ótimas histórias para você se inspirar e se deleitar na leitura. Ler é um verbo que não deve ser conjugado no imperativo, por isso, no dia que der vontade, aproveite a leitura de forma despretensiosa – e, se possível, faça disso um hábito. Se todo dia você conseguir ler ao menos dez páginas, ao final de dez dias, terá lido cem. E se quer um conselho: todo criativo deveria ter a leitura como o principal dos recursos para buscar novas ideias.
Revistas que podem ser recortadas
Hoje em dia é difícil encontrar pessoas lendo revistas, mas, inevitavelmente, as pessoas têm muitas em casa por não conseguirem se desfazer delas. Que tal utilizá-las para técnicas de colagem? É simples! Comece a recortar fotos e palavras, misturá-las em colagens que façam sentido para você. É um exercício interessante de curadoria de conteúdos, desperta a criatividade e ocupa a mente por um tempo com algo bastante prazeroso de se fazer. Quer algumas inspirações? Busque por “collage” no Pinterest e surpreenda-se com os resultados!
Caminhos ainda não percorridos
Você faz todo dia o mesmo caminho para ir ao trabalho? Isso pode diminuir o seu potencial criativo. Para despertar a criatividade, vale a pena diversificar o percurso, inclusive utilizando um meio de transporte novo, como metrô, ônibus, bike ou patinete (para quem tem a sorte de morar perto do trampo). Para quem já é adepto do transporte coletivo, vale a pena tentar outro percurso que chega ao mesmo lugar. Você vai ver pessoas e lugares diferentes – uma atitude simples, mas que desperta a sua criatividade e exercita a sua mente.
O amigo que você não liga há décadas
Dias atrás recebi a ligação de um amigo que eu não falava há quase dez anos. O interessante foi perceber que é como se as conversas tivessem parado no tempo. Retomamos os planos de ir à Machu Picchu pela Trilha Inca e fazer um mochilão pela Ásia. Nos lembramos da época que saíamos juntos e da turma que nos acompanhava. Uma ligação que me rendeu muita nostalgia e ótimas histórias. E mais: uma vontade de sair ligando para os amigos da época para relembrar de bons momentos e até escrever sobre eles. É engraçado reviver o André de dez anos atrás – um exercício até interessante para entender aonde cheguei. Enfim, vale a pena tentar!
Ser criativo não tem nada de místico, nem tanto de tirar o coelho da cartola. É mais simples do que a gente imagina, mas exige persistência, curiosidade e abertura para o diferente.
Surpreenda-se com o novo todos os dias!
PS.: Ah, e se você quiser mais dicas, separei esse vídeo aqui pra você, com 5 dicas para ser mais criativo:
Curta-metragem produzido para a TAM pela produtora La Casa de la Madre
E se eu perguntasse a você qual foi o posicionamento de marca que mais chamou a sua atenção nos últimos tempos, você saberia responder? É muito provável que sim, pois ações pautadas no branded content, ou conteúdo de marca, costumam ser muito impactantes para as personas que se destinam e são lembradas com afeto ou simplesmente por terem causado uma boa sensação.
Grandes marcas como Dove, Coca-cola, Nike, Latam, Sky, O Boticário e várias outras, costumam usar o branded content como parte integrante das estratégias de marketing. É uma forma de se conectar com o público e transformá-los em verdadeiros embaixadores da marca, seja por questões humanas, seja por questões sociais, seja por questões meramente afetivas: o importante aqui é tocar no coração. Quer saber como fazer e conhecer alguns casos de sucesso? Acompanhe!
Branded content: criando um posicionamento de marca
Branded content, ou conteúdo de marca, é criar conteúdos diretamente relacionados ao contexto ao qual a marca pertence para transmitir mensagens que conectem a persona ao produto ou serviço. Ao invés de veicular anúncios e propagandas destinados somente a vender produtos, o branded content se ocupa de criar narrativas que engajam e transformam o consumidor em um agente de transformação ou mesmo de disseminação de alguma mensagem.
Content marketing versus branded content
Apesar de o nome ser parecido, content marketing ou marketing de conteúdo, não faz parte de uma estratégia de branded content, afinal, o primeiro destina-se a produzir conteúdo e informação para nutrir os leads que serão convertidos em vendas, enquanto o segundo faz parte de uma estratégia mais consolidada e que deve ser melhor pensada para tornar o público cativo ou verdadeiro adorador de determinada marca. Em tempos de redes sociais, uma estratégia de branded content deve ser muito bem pensada, pois qualquer deslize pode representar uma enxurrada de comentários e/ou avaliações negativas – algo que compromete diretamente a imagem da marca.
Como produzir uma boa estratégia de branded content?
Primeiramente é preciso conhecer a sua audiência. Quem são as personas, o que elas gostam, quais são os hobbies, quais são as motivações, e mais: o que faz os olhos delas brilharem? O que demanda uma série de pesquisas e coletas de dados nas mídias sociais e em canais comumente utilizados por essas pessoas. Além disso, observe os casos bem-sucedidos das empresas que já se utilizaram de branded content para reforçarem o posicionamento de suas marcas. E, por último, mas não menos importante: sempre personalize a mensagem. Esqueça os call-to-action e mensagens voltadas para a massa. As estratégias de branded content costumam ter um nicho bastante específico e que deve ser muito bem trabalhado.
Cases de sucesso utilizando branded content
Separei aqui, alguns cases de sucesso de filmes que eu criei na minha produtora, a La Casa de la Madre, que se utilizaram da estratégia de branded content e fizeram a diferença, seja pelo número de visualizações nos vídeos, seja pela repercussão na mídia ou pelos compartilhamentos nas redes sociais – que ocasionaram em consumidores apaixonados e verdadeiros evangelizadores das marcas.
Sky e Rock in Rio: “Na Rota do Rock”
Minissérie para a Sky e para o Rock in Rio que contava, em formato docu-reality a história de quatro músicos rumo ao maior festival de música do Brasil a bordo de um motorhome. Os vídeos somam mais de 30 milhões de visualizações.
Huggies: “Conhecendo Murilo”
No Dia das Mães, contamos a história de uma mulher deficiente visual que esperava pelo seu primeiro bebê. Com a ajuda de uma impressora 3D, imprimimos o ultrassom e, assim, ela pode conhecer seu filho antes dele nascer. A campanha teve premiações internacionais e foi citada nos principais veículos de mídia no mundo todo.
TV Globo: “Movido a Respeito”
Graças à tecnologia, um tetraplégico consegue realizar o sonho de pilotar um carro de F1, usando apenas o pensamento. A campanha foi vista por milhares de pessoas e rendeu atenção da mídia internacional e o prêmio Grand Clio Awards, até então inédito na América Latina.
Latam Airlines: “Reencontro”
Para celebrar a transição da marca TAM para Latam, criamos um filme de ficção em curta-metragem, contando a história de reaproximação de um avô com seu neto. O filme foi visto por 2 milhões de pessoas e foi selecionado para o festival de Hollywood LA Short Festival.
Da próxima vez que assistir um filme ou uma série, repare se você por acaso não está consumindo um conteúdo feito por uma marca. Netflix que se cuide.
Abraços,
André Castilho
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O subversivo não é nada mais do que um questionador nato, um destruidor de conceitos pré-existentes, um desobediente por natureza. Ao visualizarmos um modelo de empreendedor, por exemplo, é comum que nos deparemos com um homem de terno, pasta de couro e totalmente inclinado para o sucesso, mas pasme: as definições sobre ser uma pessoa bem-sucedida foram atualizadas. Afinal, com o excesso de informações que temos e a quantidade quase infinita de decisões que precisamos tomar por dia, nos tornamos mais questionadores desses modelos que pareceram ser o certo durante décadas.
Facundo Guerra, o autor do livro “Empreendedorismo para subversivos”, conta um pouco da trajetória dele, como empresário da noite paulistana, destacando todos os erros e acertos que o levaram a ser um dos empresários mais bem-sucedidos do país, sem a imagem idealizada do empreendedor, mas sim com a honestidade cortante de uma navalha: “você vai falhar infinitas vezes e precisa aprender a lidar com isso.” E mais: sobre encontrar o real propósito de empreender que tem muito pouco a ver com ficar rico e ser livre, e muito mais a ver com inovar e deixar um legado no mundo.
Empreender, portanto, está muito distante do conforto tão desejado por muitos. A inquietação e a exigência consigo mesmo são constantes e devem, sim, fazer parte do frio na barriga que todo empreendedor sente quando está no caminho certo. Contudo, é preciso se preparar especialmente para as dolorosas perdas que são parte indissociável de quem tem o próprio negócio e não vai desistir do que realmente acredita. Não é que você deva viver no “Mundo de Pollyana”, onde tudo é colorido e dá certo, mas que você tenha sim a capacidade e a força de levantar a cada queda – o que só faz sentido diante de um propósito real, que deve estar alinhado aos seus valores e à sua visão de mundo.
Notas sobre ser um subversivo
Boa parte das pessoas foi criada para obedecer e copiar. Quando encontramos pessoas subversivas, portanto, é comum que as taxemos de loucas ou mesmo inconsequentes somente por não estarem dentro do padrão vigente. Erasmo de Roterdã, consagrado teólogo e humanista holandês, escreveu no ano de 1509, o clássico “Elogio da Loucura” que, em suma, destaca o quanto é bom para nós humanos, termos alguns acessos de “loucura” de vez em quando. E que sem ela, não faríamos nem um terço das coisas que amamos. Isso tem muito a ver com ousadia e com questionar algumas regras que não parecem fazer sentido. É por meio da subversão que encontramos formas diferentes de criar novas invenções e, bem, é isso que nos diferencia de qualquer outro ser humano no mundo.
As exigências dos novos tempos para os empreendedores
Há cerca de dez anos, ninguém ousaria cunhar um termo chamado FOBO (fear of the best option) – que consiste no medo que nós temos de fazer alguma escolha errada diante das infinitas opções que temos. Antes, contávamos apenas com duas marcas de creme dental no supermercado (alguém aí se lembra da Kolynos?), enquanto hoje, são quase dezenas de marcas implorando pela nossa atenção nas gôndolas – isso só para a sua higiene dental de cada dia. Imagina só repetir essa sensação terrível de estar sempre escolhendo a coisa errada para tudo o que você precisa usar? Então, nada mais subversivo do que ousar na criação de uma marca que se conecta com o consumidor em todas as instâncias – que faz parte do estilo de vida que ele deseja ter ou tem. E mais: que o consumidor tenha afinidade com a sua empresa a ponto de se tornar um verdadeiro evangelizador da sua marca. Isso é subversivo ou não é?
As pessoas estão cansadas do “mais do mesmo”
Recentemente, ao procurar um filme para assistir, deparei-me com um que eu já assisti umas 5 vezes: “Na Natureza Selvagem”. O enredo conta a história de um jovem de classe média alta, recém-saído da faculdade, mas que queria muito mais do que apenas ser “mais um”. Em busca de respostas, ele encara a natureza, e sozinho, faz uma viagem para se auto descobrir. Histórias como estas estão se tornando cada vez mais comuns, especialmente entre os mais jovens e tudo isso para mostrar que as pessoas estão questionando as suas próprias realidades.
Por isso, nada mais justo do que criar modelos de negócios para pessoas que possuem sede de viver e de subverter a ordem vigente. É uma tendência, que os consumidores busquem empresas e marcas alinhadas a seus valores de vida – que podem incluir questões ambientais, de gênero e de estilo de vida, como o minimalismo, por exemplo. E para atender a essa demanda, precisamos estar atentos aos sinais que o mundo e as pessoas nos emitem. Ser subversivo é, sobretudo, muito mais andar na rua por aí, ouvindo pessoas, do que montando um business plan no escritório.
Gostou? Então, que subvertamos mais por aí!
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Um amigo da época da faculdade teve a ideia de realizar um evento que, para muitos (me incluindo nessa), é pra lá de chato: encontro da turma depois de trocentos anos. Algumas pessoas parecem ter repulsa em revirar um passado que ficou nas mesas da faculdade ou do bar, mas eu realmente me empolguei com a ideia. Sugeri um boteco sujo onde costumávamos fugir das aulas e criei um grupo no Whatsapp para que pudéssemos nos comunicar por lá. Uns nos acharam, outros foram achados e, para a minha surpresa, conseguimos reunir 20 pessoas da época para confraternizar e reviver os velhos tempos.
Neste grupo, compartilhamos fotos antigas, contamos as novidades uns para os outros e fizemos o aquecimento para o encontro real de nós todos, que não seria mais no boteco imundo de sempre. A pedido de cinco amigos que tinham filhos, seria na casa de um deles, para que as crianças ficassem num ambiente mais familiar. Chegou o dia tão esperado. Fui de Uber a uma loja comprar bebidas e alguns petiscos, passei no cartão de crédito, e me encaminhei até à casa do meu amigo. O motorista do carro era guiado pelo Waze e, eu no caminho, curtia fotos no Instagram de outros amigos. A corrida foi debitada do meu cartão e ao chegar, fui recebido por abraços de pessoas que não encontrava há anos.
Como cheguei tarde, boa parte da galera já estava lá e, uma amiga nossa, a Fê, sugeriu que tirássemos uma foto para que ela pudesse colocar no “Stories” do Instagram. Logo depois, no feed dela, apareceu um anúncio de uma empresa (que agora não me lembro o nome) que imprimia fotos pelas hashtags, #friendship: “Eternize os bons momentos com velhos amigos” era o mote. Apesar de ter me sentido levemente perseguido, fiquei envolvido na possibilidade de colocar a foto daqueles abraços no mural do meu quarto.
Vivemos ali momentos de nostalgia e emoção, compartilhados com outros amigos de nossas redes sociais. Enquanto isso, no submundo dos algoritmos, eram gerados uma infinidade de dados que as empresas detêm para nos fazer ofertas de produtos e serviços cada vez mais personalizados às nossas necessidades, muitas vezes embalados em uma história envolvente e emocional, o que aumenta ainda mais o poder dos dados.
É interessante perceber o quanto as boas histórias nos conectam com outros seres humanos. Estamos sempre alerta para saber o final, para ver se encontramos algo para nos inspirar ou mesmo para se conectar com realidades que se parecem muito com as nossas. Te soou familiar esse trajeto? É, eu sei que sim. Por isso é que as organizações não devem perder de vista a utilização dos dados em suas estratégias, seja de marketing, seja de RH, seja de finanças. E para facilitar o uso, a troca e o compartilhamento do conhecimento desses dados – que, por muitos anos ficaram somente nas mãos da área de TI, o data storytelling pode ser uma aliado poderoso nessas estratégias.
O que é data storytelling?
Data Storytelling é uma metodologia para comunicar dados por meio de histórias, ou seja, facilitar o entendimento dos dados com imagens, infográficos e vídeos para um público específico. É um recurso poderoso para melhorar a sua apresentação de relatórios, palestras, aulas e resultados. Isso porque nós, humanos, somos aficionados por boas histórias e costumamos prestar muito mais atenção nelas do que, necessariamente, em dados que pouco parecem se conectar a alguma realidade. Pense naqueles vídeos que mesclam números com pessoas para mostrar uma determinada informação. Eles são muito mais interessantes do que quaisquer outros, certo? Certo!
Como criar narrativas envolventes com análise de dados?
Diversos recursos podem ser utilizados para criar narrativas envolventes. Especialmente a utilização de vídeos, imagens, cores, infográficos, ícones e símbolos. Antes de começar, todavia, é preciso conhecer bem o público que você deseja se comunicar para que a narrativa desenvolvida se conecte com a realidade dele e que comungue com os seus princípios e propósitos de vida. Para ter sucesso, conheça bem a sua audiência.
Explicando dados para qualquer pessoa
Uma característica fundamental do data storytelling é a capacidade de simplificar o entendimento de dados para qualquer pessoa. É uma solução capaz de analisar dados, cruzá-los e apresentá-los a quem precisa ouvi-los. Assim, os tomadores de decisão conseguem fazer análises preditivas por meio de uma apresentação concisa, bem embasada, prática e que engaja praticamente qualquer público. Ou seja, muito mais importante do que simplesmente ter dados nas mãos, é saber o que fazer com eles para promover transformações e provocar insights ainda mais criativos e decisões cada vez mais conectadas com o propósito de ser da organização.
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Os manuais de negócio que me perdoem, mas o que mais tem a ver com empreendedorismo é a criatividade. Antes até de montar um plano de negócio, de juntar dinheiro, de buscar um financiamento, o que você mais precisa é de criatividade. Agora, esquece aquela ideia do criativo como um gênio solitário isolado numa montanha tibetana. O criativo está no dia a dia, está no mundo – e a grande característica dele é ser um observador atento. Um ser incansável em busca de soluções para tudo que é tipo de coisa.
Calma! Também não estou incentivando uma total subversão, tampouco a dispensa do planejamento que qualquer negócio precisa. É mais uma abertura para que você desça do salto ou tire o terno, para arregaçar as mangas e começar debaixo. Olhe o feirante, o carrinho de pipoca, o churros gourmet que vende no parque perto da sua casa. O que eles fazem de diferente? Como eles conquistam os clientes deles? É o sorriso? É o tempero que acompanha a família há séculos? Não sei. A dica que eu te dou é que você vá descobrir.
Depois do feeling, da observação, da escuta atenta e de ter um monte de ideias, comece daí a sua imersão no que pode se tornar o seu futuro negócio. E prepare-se: você vai falhar. Mas não se preocupe – faz parte do processo começar tudo de novo.
Para empreender, feeling e ousadia
Um insight é aquela fagulha que você não sabe de onde vem. Um estalo que pode permitir uma decisão brilhante que vai mudar toda a sua vida. Exemplo clássico disso é aquela conversa de fim de semana, quando seu amigo que está cansado do emprego atual, lhe propõe “abrir um negócio novo”. Tenho certeza de que aquilo vai ficar martelando na sua cabeça por algumas horas, dias, meses e anos – até que você pense com carinho sobre o tema. Ao pensar sobre, você busca o momento exato para começar com esse projeto ousado. Esse momento nunca vem. Sabe por quê? Porque você não consegue se escutar. Porque não está preparado para o feeling que precisa para mudar de atitude. Para desenvolvê-lo, busque o autoconhecimento para saber a hora certa de dar esse grande passo. A sua intuição deve atuar como aliada e nunca como inimiga. Medite para controlar seus pensamentos e silenciar as vozes que dizem que você não é capaz – a ousadia vem logo depois.
Humildade para escutar o que o cliente deseja
Tire a pasta de couro da mão, desça do salto, bote uma camiseta leve, uma calça jeans e saia com um caderno nas mãos. Vá observar pessoas. Pense como o seu cliente pensaria. Delimite bem o seu público ao olhar seus desejos, aspirações, interesses, poder aquisitivo e mais: saiba como agradá-lo. Esforce-se para o bom atendimento em todas as esferas para encantar a pessoa que vai até o seu negócio. Adoro quando eu vou a um restaurante e o dono do local vai nas mesas cumprimentar as pessoas, indicar um prato ou mesmo senta-se para conversar de maneira despretensiosa com os clientes. Isso se torna uma característica do espaço, que de tão acolhedor, traz mais pessoas para perto.
Copie para melhorar, nunca para plagiar
Sabe benchmarking? Acho que muita gente faz errado. Porque ao invés de copiarem para aprimorar uma ideia, adaptando-a, copiam-na apenas porque deu certo em determinado lugar. Veja, não é porque deu certo vender pipoca gourmet no aeroporto, que daria certo vendê-la na sua vizinhança. Por isso, ao invés de focar somente no produto em si, que tal pensar no formato de atendimento, nas embalagens e em outros fatores que fazem dessa pipoca um produto único para os seus clientes? Do que as pessoas da seu bairro gostam? Esqueça as planilhas, faça uma andança por aí.
Não se preocupe, você vai falhar
E vai por mim: faz parte do processo. Parece clichê dizer que o mais importante é levantar, mas eu acrescento que mais necessário ainda é levantar com um plano B. Por que não deu certo? Como posso fazer diferente? Eu entendo que falhar é terrível e que parece que há diversas pessoas apontando para você, mas não se preocupe. Só você conhece a sua história e não há ninguém mais apropriado no mundo para recomeçar do que você mesmo. Como num jogo de tabuleiro, volte três casas e aprecie o percurso. Nem sempre chegar ao final é o mais importante – mais vale o prazer de jogar.
[BÔNUS]
Preparei uma playlist exclusiva com dicas para empreendedores criativos! Acompanhe o meu canal e se inscreve lá!
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Flow, em tradução livre, quer dizer fluxo. E quando eu imagino o “fluir”, penso imediatamente no estado natural das coisas – no mar, num rio, numa cachoeira. O pesquisador Mihaly Csikszentmihalyi, autor do livro FLOW – The psycology of optimal experience, após pesquisar sobre o que levam as pessoas a um estado de êxtase e felicidade, confirmou as minhas expectativas. Fluir é ter plena consciência do que faz e sentir um senso de propósito com as próprias ações no mundo.
Nós entendemos o papel que cada recurso natural tem na nossa vida. O rio, o mar, o sol, as árvores e toda a natureza exercem seus papeis diariamente para o ciclo natural que alimenta o planeta terra. Mas, e você, tem noção de qual é o seu senso de propósito? Sabe o que está fazendo aqui no planeta terra? Se ainda não sabe, não se preocupe. É mais comum do que se parece, especialmente nos dias de hoje.
Pesquisa do instituto Gallup entrevistou mais de 154 mil pessoas em 146 países e concluiu que nos últimos dez anos, a taxa de felicidade atingiu seu menor nível. Excetuando situações catastróficas como conflitos e guerras, por que será que estamos tão infelizes? Creio que além da falta de propósito, nunca estivemos tão ansiosos. E, bem, para combater essa ansiedade e o excesso de informação, precisamos encontrar o que nos traz realização pessoal e isso vai desde tarefas simples, como dançar e ouvir música, até empreender, por exemplo. Acompanhe mais dicas de como chegar lá!
O que é o estado de flow?
É fácil reconhecer o estado de flow. Sabe quando você vai ao show de um cantor que você gosta e ao olhar para ele, percebe que ele está praticamente em transe – de olhos fechados, concentrado e pleno ao encantar uma multidão? Flow. Freddie Mercury no Estádio de Wembley cantando “Love of my life” e regendo milhares de pessoas? Flow. Um professor de literatura apaixonado ao falar de seu livro preferido a uma turma de alunos? Flow.Você, fazendo aquilo que mais gosta – pode ser crochê, cozinhar, caminhada no mato, corrida, arrumar a casa – olhar no relógio e perceber que o tempo passou tão rápido que você nem viu? Flow.
Sete condições para o estado de flow
Segundo Mihaly, existem sete condições que caracterizam o estado de flow, que, de acordo com as pesquisas dele, conduzem à felicidade e à alegria da realização – que pode ocorrer inclusive no ambiente de trabalho. Para ele, outra condição importante para o estado de flow, é ter experiência no que faz – cerca de dez anos trabalhando na mesma atividade e se aprimorando nela. O processo, portanto, não é fácil, tampouco simples. No entanto, a prática no que você gosta de fazer torna as coisas infinitamente mais simples.
Envolvimento total na atividade (foco e concentração);
Senso de êxtase (de estar fora da realidade);
Saber o que precisa ser feito e saber exatamente como se faz;
Habilidades adequadas para determinada tarefa;
Nenhuma preocupação com a opinião dos outros e vontade de crescer;
Perda total da noção do tempo;
O resultado do trabalho é uma recompensa.
A importância de ter feedbacks constantes
Para alcançar o estado de flow, conte com o apoio de alguém muito importante para você. Praticamente um mentor, que te dará feedbacks constantes sobre o seu trabalho e os seus feitos – para o caso de trabalhos criativos. Aceite o feedback e aprimore sempre o que você faz para trazer ainda mais brilho e consistência ao seu trabalho e para crescer ainda mais o seu senso de realização.
Ajude pessoas e trabalhe por um objetivo coletivo
Se quiser aumentar o seu senso de propósito, ajude mais pessoas a chegarem onde você chegou. Atue como o mentor que você teve. Dê conselhos, feedbacks, ministre cursos e ensine pessoas. Quando trabalhamos por um objetivo maior e quando ajudamos outras pessoas, o nosso senso de propósito e de missão nos leva a um patamar de consciência maior e amplia a nossa importância como seres humanos. O trabalho voluntário também é uma forma valiosa para nos colocar em estado de flow, para nos ajudar a descobrir mais humanidade nos nossos dias.
O que faz você estar em estado de flow? Faça isso mais vezes!
Fiquei emocionado quando dias atrás eu vi o comercial da Nike sobre futebol feminino. A história era de uma garotinha que arrancou a cabeça da boneca para jogar futebol, e em seguida, disse a frase: “Nada contra bonecas, mas é que eu sempre gostei de futebol”. Quantas vezes nós, quando éramos crianças, não ouvimos algo parecido? “Não brinca de boneca”, “Não brinca de carrinho.” “Menina não solta pipa.” “Menino não deve chorar.” E assim, fomos moldados segundo o que uma sociedade sempre esperou de nós – e, não é à toa que existem tantas pessoas frustradas na vida, seja com o trabalho, seja com a vida que escolheu seguir, sem ao menos saber o porquê.
A imagem da menina que arranca a cabeça da boneca para jogar bola é muito poderosa e simbólica: precisamos ressignificar o que nos dão como peças do jogo. E uma criança sabe fazer isso como ninguém. Inventam novas brincadeiras com os colegas, cantam musiquinhas com o que ouvem, encenam diálogos, criam cenas, constroem cabaninhas, brincam com os bichinhos de estimação. Enfim, são criativas até o limite e fazem disso o seu universo ilimitado de possibilidades.
Menos recursos, mais criatividade
Uma pesquisa da Universidade de Toledo, nos EUA, comprovou uma hipótese inusitada: crianças que têm menos brinquedos são mais criativas e brincam melhor. Isso quer dizer, necessariamente, que quanto menos você tem, mais você precisa inventar. E o inventar está diretamente ligado ao exercício da criatividade nas suas mais variadas nuances. Basta ver o quanto essa hipótese, que parece até muito simplista, tem sido replicada para situações outras, como a criação de um armário cápsula, por exemplo, no qual você possui apenas 60 peças entre roupas, sapatos e acessórios, para criar looks diversos – sabe aquela história de que menos é mais? Ter menos estimula a nossa criatividade e nos faz ter mais contentamento com as coisas que temos.
Essa criança interior faz parte do que você é
Resgatar a criança interior, em suma, é voltar a criar com pouco e se divertir com isso (ou seja, parar de dar desculpas para começar algo novo) e, claro, lembrar-se daquelas pessoas que tanto disseram que você não era capaz, e resgatar aquela criança acuada que tanto fazia coisas novas sem medo do que as pessoas estavam pensando sobre ela. Quando chega a época de outubro e as pessoas mudam as fotos dos perfis do Facebook para quando eram crianças, eu penso sobre a criança que fui. Nos quantos “nãos” eu ouvi, em quantas vezes eu inventei novas brincadeiras até o sol se pôr, que era quando a minha mãe me pedia para voltar pra casa. Enfim, muito mais do que um resgate dessa criança, olhe com carinho para o que você foi, perdoe e se reconcilie com aquele ser pequenino, que só queria ser feliz e brincar e mais nada.
No meu canal do YouTube, “Empreendedor Criativo”, eu gravei dois vídeos onde ensino a resgatar a criança interior. Confira:
Como está a sua criança interior? Vá brincar com ela – com a vantagem de que agora a sua mãe não vai mais te chamar para entrar em casa.
Instabilidade política, problemas econômicos, corrupção, criminalidade. É realmente uma pena que palavras como essas tenham se naturalizado tanto, a ponto de parecer que não há mais saída. Embora a palavra crise, do latim krisis, que quer dizer sentença, ameaça ou decisão, já faça parte do cotidiano brasileiro, vemos muita gente acordando todos os dias para fazer o que acredita, para fazer o bem e para construir novas pontes. E sim, são elas que me inspiram a ter um cotidiano mais criativo, mais simples e mais humano.
Eu costumo passar todos os dias em frente a uma faculdade, onde, na calçada, tem uma moça que sempre vende brigadeiros de vários sabores. No dia que eu comprei o meu preferido, ela me entregou dois papéis: um cartão fidelidade e um que ela pedia sugestão para novos sabores. Achei deliciosamente criativo ela pedir isso aos clientes. E mais: toda sexta-feira, ela fazia o sabor mais votado pelos fregueses. Então, enquanto muita gente pensa que a criatividade é quase uma fagulha inalcançável, há pessoas com soluções simples na palma da mão. E que sim, fazem acontecer e realizam para que o seu negócio se torne um verdadeiro diferencial.
A crise é a convocação para a parceria e o prenúncio da oportunidade. São em tempos como estes que costumamos nos dar as mãos e ajudar-nos uns aos outros a construir algo melhor e é por meio da colaboração que conseguimos ter novas ideias, desbravar universos novos e genuinamente criativos. A criatividade não vive na Arcádia grega tocando lira com os deuses – ela está no meio da rua, no meio da gente, na saída da escola, em um passeio com o cachorro. O que não dá é para desanimar e deixar de exercer a criatividade por falta de dinheiro, por exemplo.
Eu diria até que as soluções mais criativas que eu conheço foram criadas em cenários altamente desafiadores, por pessoas que não tiveram medo e puderam contar com uma rede de apoio e acolhimento para as suas ideias. Mas, ainda que você não possa contar nem com isso, não desista. Continue ampliando o seu repertório criativo, colhendo fontes, informações, dados e conversando com as pessoas. Ou, simplesmente praticando a “escutatória”. Em qualquer lugar há uma história esperado para ser captada. Exemplo disso é um restaurante que resolveu contratar apenas avós para cozinhar, afinal, somente elas poderiam fazer uma autêntica “comida de vó”. Posso assegurar que essa ideia deve ter surgido depois de alguém ter passado a tarde inteira na casa da vovó comendo guloseimas e ouvindo boas histórias.
Insisto muito para que fiquemos sempre atentos. Ser criativo não depende de recurso financeiro algum. Tem muito mais a ver com sensibilidade, vontade de transformar a realidade, determinação, bondade e muito trabalho. Qual é o custo, por exemplo, de uma caminhada em um parque próximo com um bloquinho na mão nas primeiras horas da manhã? Há tanto para ver e enxergar beleza na simplicidade que a crise não pode jamais ser um fator limitante para a vida criativa. Se há mesmo tantas boas ideias só esperando para sair do papel, por que não começar agora? E procurar parceiros, editais de fomento e tantas outras oportunidades para você, de fato, deslanchar? Siga com coragem, não naturalize o mal dos dias e nunca tenha medo de ser quem você é.
P.S.: A maioria dos grandes negócios nasceu em momentos de crise ou por necessidade. Acredite na sua ideia, trabalhe muito e faça acontecer.
Abraço,
André Castilho
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Imagina a situação: todos os dias você acorda, toma banho, escova os dentes e vai para o trabalho. Seja de carro, de metrô ou bicicleta, você se desloca de forma quase automática sem prestar muita atenção nas pessoas, nas paisagens ou mesmo na própria beleza do cotidiano. Parece familiar?
Ao chegar no trabalho, o encontro com alguns colegas, as mesmas tarefas de sempre, alguns desafios e uma agenda de compromissos a ser cumprida. Quase não dá tempo de pensar diferente. Nas reuniões, não parece fácil pensar em uma solução para um problema: vem aquele medo de se expor, de contar uma nova ideia.
Parece mesmo desafiador ser criativo no trabalho em dias desestimulantes como os nossos. Pois saiba que você não está sozinho. Se essa rotina pareceu descrever o seu dia de trabalho, cuidado! Você está desperdiçando bons momentos para ser criativo e o seu potencial para transformar o seu local de atuação ou realmente se destacar no trabalho. Preparei algumas dicas para você ser mais criativo no trabalho e consequentemente, tornar-se mais motivado.
Cuide do seu repertório criativo
O seu repertório, ou baú criativo é o seu tesouro mais precioso. Nele estão contidas as referências que você traz e guarda por toda a vida. É a matéria bruta para produzir grandes ideias e insights para criar soluções. O seu repertório não é limitado, pelo contrário, você pode atualizá-lo constantemente se alimentando de fontes criativas, como livros, músicas, exposições de arte, vídeos, seriados e nutrindo amor pelo cotidiano. Qualquer fagulha pode servir de inspiração para ideias grandiosas e transformadoras. E lembre-se: tenha sempre um bloco de notas (físico ou virtual) para capturar o que te chama atenção. Pode ser um sonho, uma ideia ou mesmo alguma coisa que você não tinha reparado no trajeto de casa para o trabalho.
Pratique presença e mindfullness
Em tempos como os nossos, em que se valoriza ser multitarefas e multiconectado, nós perdemos a preciosa presença – ou, a capacidade de viver o presente e apenas ele. Quantas vezes você não se pegou em uma reunião com os amigos mexendo no celular? A conexão virtual te tira da presença, de uma conversa preciosa com os amigos e até de capturar uma nova ideia. Estar com fones de ouvido te desconecta dos sons reais do cotidiano, como uma conversa entre duas pessoas no metrô, do som das buzinas e do caos de São Paulo. Tudo isso pode servir para uma ideia, desde que você esteja presente para sentí-la.
Permita-se ser vulnerável
Brené Brown, estudiosa da vulnerabilidade, também autora do livro “A coragem de ser imperfeito” nos traz uma lição preciosa: “ser vulnerável é se expor mesmo sem conseguir controlar o resultado.” E quantas foram as vezes que, por medo de se expor, você não deu uma ideia na reunião de trabalho? Não foram poucas, certo? Por isso, é importante assumir-se vulnerável diante de um desafio, diante de uma batalha. Ter essa capacidade coloca você na frente, pois, quando não se tem medo de errar, a ousadia fala mais alto e te permite viver o que precisa ser vivido. Lidar com o fracasso é fundamental para uma vida mais criativa. Permita-se!
Seja um observador da vida
Para ser criativo, vale a pena tirar os fones do ouvido e sair do celular. Vá um dia para um parque só com um bloco de anotações e se permita observar a vida. As crianças brincando, o movimento das árvores, as pessoas conversando. Há muito a se observar e sentir no dia a dia e quando vivemos no automático, perdemos essa capacidade poderosa de observar e se apaixonar pelo repertório que a própria vida nos traz. Quando sentir aquele “bloqueio criativo”, procure dar uma caminhada com atenção plena, apenas para observar a vida, as pessoas e o cotidiano.
Pratique a escutatória
Pelo menos uma vez por semana, tente sair com um amigo, conhecido e até com um desconhecido para praticar a escutatória. Uma escuta ativa de “causos”, histórias e desabafos. A escuta nos gera uma conexão poderosa que perdemos aos poucos a capacidade de fazê-la no cotidiano tão cheio de tarefas e de atividades. Inclusive, vale a pena receber os amigos em casa ou mesmo ir à casa deles para conhecer mais de suas rotinas e peculiaridades. E dentro da sua casa, tente escutar mais do que falar: escute seus avós, seus pais, seus sobrinhos, seus primos, seus filhos. Apenas escute!
Cuidado com a miopia das ideias
Depois de todo esse processo, dessa preparação e de todo o seu repertório adquirido, você atribuir à criação um valor quase sobrenatural, porém, cuidado com a miopia das ideias. Lembra-se de que falamos sobre ser vulnerável? Aceite as críticas, agradeça pelo feedback e acredite sempre que as suas ideias podem ser modificadas e melhoradas por meio da interação com outras pessoas. Desapegue-se das certezas e dessa miopia em torno do que você criou ou desenvolveu. E esteja pronto mais uma vez, para se expor com novas ideias que você produz e cria todos os dias.
Para finalizar, o processo criativo é algo que acontece diariamente. Esteja sempre atento(a) e receptivo(a) às novas ideias e agradeça sempre que elas chegarem. Anote, crie e se exponha na arena da vida sem medo de ser feliz.
“Que se consome numa causa digna; Que, no melhor dos casos, conhece no final o triunfo da alta realização e que, no pior dos casos, se falhar, pelo menos falhará tendo ousado muito, de modo a que o seu lugar nunca estará com aquelas almas frias e tímidas que não conhecem a vitória ou a derrota.” Theorore Roosevelt
Abraços,
André Castilho
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