All Posts By

André Castilho

Como atingir um estado de flow?

By | criatividade, empreendedorismo

O estado de flow é único. Aproveite as vantagens!

 

Flow, em tradução livre, quer dizer fluxo. E quando eu imagino o “fluir”, penso imediatamente no estado natural das coisas – no mar, num rio, numa cachoeira. O pesquisador Mihaly Csikszentmihalyi, autor do livro FLOW – The psycology of optimal experience, após pesquisar sobre o que levam as pessoas a um estado de êxtase e felicidade, confirmou as minhas expectativas. Fluir é ter plena consciência do que faz e sentir um senso de propósito com as próprias ações no mundo.

Nós entendemos o papel que cada recurso natural tem na nossa vida. O rio, o mar, o sol, as árvores e toda a natureza exercem seus papeis diariamente para o ciclo natural que alimenta o planeta terra. Mas, e você, tem noção de qual é o seu senso de propósito? Sabe o que está fazendo aqui no planeta terra? Se ainda não sabe, não se preocupe. É mais comum do que se parece, especialmente nos dias de hoje.

Pesquisa do instituto Gallup entrevistou mais de 154 mil pessoas em 146 países e concluiu que nos últimos dez anos, a taxa de felicidade atingiu seu menor nível. Excetuando situações catastróficas como conflitos e guerras, por que será que estamos tão infelizes? Creio que além da falta de propósito, nunca estivemos tão ansiosos. E, bem, para combater essa ansiedade e o excesso de informação, precisamos encontrar o que nos traz realização pessoal e isso vai desde tarefas simples, como dançar e ouvir música, até empreender, por exemplo. Acompanhe mais dicas de como chegar lá!

O que é o estado de flow?

É fácil reconhecer o estado de flow. Sabe quando você vai ao show de um cantor que você gosta e ao olhar para ele, percebe que ele está praticamente em transe – de olhos fechados, concentrado e pleno ao encantar uma multidão? Flow. Freddie Mercury no Estádio de Wembley cantando “Love of my life” e regendo milhares de pessoas? Flow. Um professor de literatura apaixonado ao falar de seu livro preferido a uma turma de alunos? Flow. Você, fazendo aquilo que mais gosta – pode ser crochê, cozinhar, caminhada no mato, corrida, arrumar a casa – olhar no relógio e perceber que o tempo passou tão rápido que você nem viu? Flow.

Sete condições para o estado de flow

Segundo Mihaly, existem sete condições que caracterizam o estado de flow, que, de acordo com as pesquisas dele, conduzem à felicidade e à alegria da realização – que pode ocorrer inclusive no ambiente de trabalho. Para ele, outra condição importante para o estado de flow, é ter experiência no que faz – cerca de dez anos trabalhando na mesma atividade e se aprimorando nela. O processo, portanto, não é fácil, tampouco simples. No entanto, a prática no que você gosta de fazer torna as coisas infinitamente mais simples.

  • Envolvimento total na atividade (foco e concentração);
  • Senso de êxtase (de estar fora da realidade);
  • Saber o que precisa ser feito e saber exatamente como se faz;
  • Habilidades adequadas para determinada tarefa;
  • Nenhuma preocupação com a opinião dos outros e vontade de crescer;
  • Perda total da noção do tempo;
  • O resultado do trabalho é uma recompensa.

A importância de ter feedbacks constantes

Para alcançar o estado de flow, conte com o apoio de alguém muito importante para você. Praticamente um mentor, que te dará feedbacks constantes sobre o seu trabalho e os seus feitos – para o caso de trabalhos criativos. Aceite o feedback e aprimore sempre o que você faz para trazer ainda mais brilho e consistência ao seu trabalho e para crescer ainda mais o seu senso de realização.

Ajude pessoas e trabalhe por um objetivo coletivo

Se quiser aumentar o seu senso de propósito, ajude mais pessoas a chegarem onde você chegou. Atue como o mentor que você teve. Dê conselhos, feedbacks, ministre cursos e ensine pessoas. Quando trabalhamos por um objetivo maior e quando ajudamos outras pessoas, o nosso senso de propósito e de missão nos leva a um patamar de consciência maior e amplia a nossa importância como seres humanos. O trabalho voluntário também é uma forma valiosa para nos colocar em estado de flow, para nos ajudar a descobrir mais humanidade nos nossos dias.

O que faz você estar em estado de flow? Faça isso mais vezes!

Abraço,

André Castilho

Resgate a sua criança interior

Como resgatar a sua criança interior

By | André Castilho, criatividade

Fiquei emocionado quando dias atrás eu vi o comercial da Nike sobre futebol feminino. A história era de uma garotinha que arrancou a cabeça da boneca para jogar futebol, e em seguida, disse a frase: “Nada contra bonecas, mas é que eu sempre gostei de futebol”. Quantas vezes nós, quando éramos crianças, não ouvimos algo parecido? “Não brinca de boneca”, “Não brinca de carrinho.” “Menina não solta pipa.” “Menino não deve chorar.” E assim, fomos moldados segundo o que uma sociedade sempre esperou de nós – e, não é à toa que existem tantas pessoas frustradas na vida, seja com o trabalho, seja com a vida que escolheu seguir, sem ao menos saber o porquê.

A imagem da menina que arranca a cabeça da boneca para jogar bola é muito poderosa e simbólica: precisamos ressignificar o que nos dão como peças do jogo. E uma criança sabe fazer isso como ninguém. Inventam novas brincadeiras com os colegas, cantam musiquinhas com o que ouvem, encenam diálogos, criam cenas, constroem cabaninhas, brincam com os bichinhos de estimação. Enfim, são criativas até o limite e fazem disso o seu universo ilimitado de possibilidades.

Menos recursos, mais criatividade

Uma pesquisa da Universidade de Toledo, nos EUA, comprovou uma hipótese inusitada: crianças que têm menos brinquedos são mais criativas e brincam melhor. Isso quer dizer, necessariamente, que quanto menos você tem, mais você precisa inventar. E o inventar está diretamente ligado ao exercício da criatividade nas suas mais variadas nuances. Basta ver o quanto essa hipótese, que parece até muito simplista, tem sido replicada para situações outras, como a criação de um armário cápsula, por exemplo, no qual você possui apenas 60 peças entre roupas, sapatos e acessórios, para criar looks diversos – sabe aquela história de que menos é mais? Ter menos estimula a nossa criatividade e nos faz ter mais contentamento com as coisas que temos.

Essa criança interior faz parte do que você é

Resgatar a criança interior, em suma, é voltar a criar com pouco e se divertir com isso (ou seja, parar de dar desculpas para começar algo novo) e, claro, lembrar-se daquelas pessoas que tanto disseram que você não era capaz, e resgatar aquela criança acuada que tanto fazia coisas novas sem medo do que as pessoas estavam pensando sobre ela. Quando chega a época de outubro e as pessoas mudam as fotos dos perfis do Facebook para quando eram crianças, eu penso sobre a criança que fui. Nos quantos “nãos” eu ouvi, em quantas vezes eu inventei novas brincadeiras até o sol se pôr, que era quando a minha mãe me pedia para voltar pra casa. Enfim, muito mais do que um resgate dessa criança, olhe com carinho para o que você foi, perdoe e se reconcilie com aquele ser pequenino, que só queria ser feliz e brincar e mais nada.

No meu canal do YouTube, “Empreendedor Criativo”, eu gravei dois vídeos onde ensino a resgatar a criança interior. Confira:

 

Como está a sua criança interior? Vá brincar com ela – com a vantagem de que agora a sua mãe não vai mais te chamar para entrar em casa.

Abraço,

André Castilho

Como ser criativo em tempos de crise?

By | criatividade, empreendedorismo

Criatividade em tempos de crise: essencial

Instabilidade política, problemas econômicos, corrupção, criminalidade. É realmente uma pena que palavras como essas tenham se naturalizado tanto, a ponto de parecer que não há mais saída. Embora a palavra crise, do latim krisis, que quer dizer sentença, ameaça ou decisão, já faça parte do cotidiano brasileiro, vemos muita gente acordando todos os dias para fazer o que acredita, para fazer o bem e para construir novas pontes. E sim, são elas que me inspiram a ter um cotidiano mais criativo, mais simples e mais humano.

Eu costumo passar todos os dias em frente a uma faculdade, onde, na calçada, tem uma moça que sempre vende brigadeiros de vários sabores. No dia que eu comprei o meu preferido, ela me entregou dois papéis: um cartão fidelidade e um que ela pedia sugestão para novos sabores. Achei deliciosamente criativo ela pedir isso aos clientes. E mais: toda sexta-feira, ela fazia o sabor mais votado pelos fregueses. Então, enquanto muita gente pensa que a criatividade é quase uma fagulha inalcançável, há pessoas com soluções simples na palma da mão. E que sim, fazem acontecer e realizam para que o seu negócio se torne um verdadeiro diferencial.

A crise é a convocação para a parceria e o prenúncio da oportunidade. São em tempos como estes que costumamos nos dar as mãos e ajudar-nos uns aos outros a construir algo melhor e é por meio da colaboração que conseguimos ter novas ideias, desbravar universos novos e genuinamente criativos. A criatividade não vive na Arcádia grega tocando lira com os deuses – ela está no meio da rua, no meio da gente, na saída da escola, em um passeio com o cachorro. O que não dá é para desanimar e deixar de exercer a criatividade por falta de dinheiro, por exemplo.

Eu diria até que as soluções mais criativas que eu conheço foram criadas em cenários altamente desafiadores, por pessoas que não tiveram medo e puderam contar com uma rede de apoio e acolhimento para as suas ideias. Mas, ainda que você não possa contar nem com isso, não desista. Continue ampliando o seu repertório criativo, colhendo fontes, informações, dados e conversando com as pessoas. Ou, simplesmente praticando a “escutatória”. Em qualquer lugar há uma história esperado para ser captada. Exemplo disso é um restaurante que resolveu contratar apenas avós para cozinhar, afinal, somente elas poderiam fazer uma autêntica “comida de vó”. Posso assegurar que essa ideia deve ter surgido depois de alguém ter passado a tarde inteira na casa da vovó comendo guloseimas e ouvindo boas histórias.

Insisto muito para que fiquemos sempre atentos. Ser criativo não depende de recurso financeiro algum. Tem muito mais a ver com sensibilidade, vontade de transformar a realidade, determinação, bondade e muito trabalho. Qual é o custo, por exemplo, de uma caminhada em um parque próximo com um bloquinho na mão nas primeiras horas da manhã? Há tanto para ver e enxergar beleza na simplicidade que a crise não pode jamais ser um fator limitante para a vida criativa. Se há mesmo tantas boas ideias só esperando para sair do papel, por que não começar agora? E procurar parceiros, editais de fomento e tantas outras oportunidades para você, de fato, deslanchar? Siga com coragem, não naturalize o mal dos dias e nunca tenha medo de ser quem você é.

P.S.: A maioria dos grandes negócios nasceu em momentos de crise ou por necessidade. Acredite na sua ideia, trabalhe muito e faça acontecer.

Abraço,

André Castilho

OBS.: Se este artigo te impactou de alguma forma, ajude-o a chegar a mais pessoas, compartilhando em suas redes. Se você quiser discutir sobre o assunto comigo, mande um whatsapp para 11 96998-8002.

Como ser mais criativo no trabalho?

By | criatividade

Seja mais criativo no seu trabalho!

Imagina a situação: todos os dias você acorda, toma banho, escova os dentes e vai para o trabalho. Seja de carro, de metrô ou bicicleta, você se desloca de forma quase automática sem prestar muita atenção nas pessoas, nas paisagens ou mesmo na própria beleza do cotidiano. Parece familiar?

Ao chegar no trabalho, o encontro com alguns colegas, as mesmas tarefas de sempre, alguns desafios e uma agenda de compromissos a ser cumprida. Quase não dá tempo de pensar diferente. Nas reuniões, não parece fácil pensar em uma solução para um problema: vem aquele medo de se expor, de contar uma nova ideia.

Parece mesmo desafiador ser criativo no trabalho em dias desestimulantes como os nossos. Pois saiba que você não está sozinho. Se essa rotina pareceu descrever o seu dia de trabalho, cuidado! Você está desperdiçando bons momentos para ser criativo e o seu potencial para transformar o seu local de atuação ou realmente se destacar no trabalho. Preparei algumas dicas para você ser mais criativo no trabalho e consequentemente, tornar-se mais motivado.

Cuide do seu repertório criativo

O seu repertório, ou baú criativo é o seu tesouro mais precioso. Nele estão contidas as referências que você traz e guarda por toda a vida. É a matéria bruta para produzir grandes ideias e insights para criar soluções. O seu repertório não é limitado, pelo contrário, você pode atualizá-lo constantemente se alimentando de fontes criativas, como livros, músicas, exposições de arte, vídeos, seriados e nutrindo amor pelo cotidiano. Qualquer fagulha pode servir de inspiração para ideias grandiosas e transformadoras. E lembre-se: tenha sempre um bloco de notas (físico ou virtual) para capturar o que te chama atenção. Pode ser um sonho, uma ideia ou mesmo alguma coisa que você não tinha reparado no trajeto de casa para o trabalho.

Pratique presença e mindfullness

Em tempos como os nossos, em que se valoriza ser multitarefas e multiconectado, nós perdemos a preciosa presença – ou, a capacidade de viver o presente e apenas ele. Quantas vezes você não se pegou em uma reunião com os amigos mexendo no celular? A conexão virtual te tira da presença, de uma conversa preciosa com os amigos e até de capturar uma nova ideia. Estar com fones de ouvido te desconecta dos sons reais do cotidiano, como uma conversa entre duas pessoas no metrô, do som das buzinas e do caos de São Paulo. Tudo isso pode servir para uma ideia, desde que você esteja presente para sentí-la.

Permita-se ser vulnerável

Brené Brown, estudiosa da vulnerabilidade, também autora do livro “A coragem de ser imperfeito” nos traz uma lição preciosa: “ser vulnerável é se expor mesmo sem conseguir controlar o resultado.” E quantas foram as vezes que, por medo de se expor, você não deu uma ideia na reunião de trabalho? Não foram poucas, certo? Por isso, é importante assumir-se vulnerável diante de um desafio, diante de uma batalha. Ter essa capacidade coloca você na frente, pois, quando não se tem medo de errar, a ousadia fala mais alto e te permite viver o que precisa ser vivido. Lidar com o fracasso é fundamental para uma vida mais criativa. Permita-se!

Seja um observador da vida

Para ser criativo, vale a pena tirar os fones do ouvido e sair do celular. Vá um dia para um parque só com um bloco de anotações e se permita observar a vida. As crianças brincando, o movimento das árvores, as pessoas conversando. Há muito a se observar e sentir no dia a dia e quando vivemos no automático, perdemos essa capacidade poderosa de observar e se apaixonar pelo repertório que a própria vida nos traz. Quando sentir aquele “bloqueio criativo”, procure dar uma caminhada com atenção plena, apenas para observar a vida, as pessoas e o cotidiano.

Pratique a escutatória

Pelo menos uma vez por semana, tente sair com um amigo, conhecido e até com um desconhecido para praticar a escutatória. Uma escuta ativa de “causos”, histórias e desabafos. A escuta nos gera uma conexão poderosa que perdemos aos poucos a capacidade de fazê-la no cotidiano tão cheio de tarefas e de atividades. Inclusive, vale a pena receber os amigos em casa ou mesmo ir à casa deles para conhecer mais de suas rotinas e peculiaridades. E dentro da sua casa, tente escutar mais do que falar: escute seus avós, seus pais, seus sobrinhos, seus primos, seus filhos. Apenas escute!

Cuidado com a miopia das ideias

Depois de todo esse processo, dessa preparação e de todo o seu repertório adquirido, você atribuir à criação um valor quase sobrenatural, porém, cuidado com a miopia das ideias. Lembra-se de que falamos sobre ser vulnerável? Aceite as críticas, agradeça pelo feedback e acredite sempre que as suas ideias podem ser modificadas e melhoradas por meio da interação com outras pessoas. Desapegue-se das certezas e dessa miopia em torno do que você criou ou desenvolveu. E esteja pronto mais uma vez, para se expor com novas ideias que você produz e cria todos os dias.

Para finalizar, o processo criativo é algo que acontece diariamente. Esteja sempre atento(a) e receptivo(a) às novas ideias e agradeça sempre que elas chegarem. Anote, crie e se exponha na arena da vida sem medo de ser feliz.

Que se consome numa causa digna; Que, no melhor dos casos, conhece no final o triunfo da alta realização e que, no pior dos casos, se falhar, pelo menos falhará tendo ousado muito, de modo a que o seu lugar nunca estará com aquelas almas frias e tímidas que não conhecem a vitória ou a derrota.” Theorore Roosevelt

Abraços,

André Castilho

OBS.: Se este artigo te impactou de alguma forma, ajude-o a chegar a mais pessoas, compartilhando em suas redes. Se você quiser discutir sobre o assunto comigo, mande um whatsapp para (11) 96998-8002.

Cinco livros (+bônus) para despertar a sua criatividade

By | criatividade

Dicas de livros para despertar a criatividade.

Ser criativo é inerente à nossa humanidade. Apesar disso, quase diariamente nos queixamos de problemas como “falta de criatividade”, “bloqueio criativo” e da terrível mesmice que nos acompanha do trabalho à vida pessoal. Por isso mesmo é que devemos buscar artifícios e repertório para nos tornarmos mais criativos – somente assim, exercitamos o que há de mais poderoso em nós, que é a capacidade de transformar a realidade em que vivemos.

Quando penso em criatividade, lembro-me sempre de uma chefe que eu tive que era apaixonada por livros, a Cláudia. Ela era calma, atenciosa, boa ouvinte, prática e ótima líder. Ela sempre estava com um livro nas mãos. Enquanto a galera ia jogar videogame na salinha ao lado na hora do intervalo do almoço, ela aproveitava esse tempinho para se atualizar nas leituras.

Era uma leitora ávida e estava sempre em busca de conhecimento para aprimorar os processos da empresa e garantir insights únicos para a sua vida pessoal. A Cláu (passei a chamá-la assim quando ganhei intimidade) também tinha um bloquinho de papel onde ela anotava umas coisas – sempre fiquei curioso para saber o que tinha lá naquele caderninho! Um dia ela me deixou ler. Eram poemas, que ela criava a partir de situações cotidianas. Aquilo me inspirou a enxergar o ordinário sempre como extraordinário. Ao me lembrar disso, nada mais honesto do que trazer para vocês alguns livros que eu considero importantes para a minha trajetória criativa. Espero que vocês gostem!

Grande magia – Elizabeth Gilbert

A autora do premiadíssimo best-seller “Comer, rezar, amar” volta-se para a não-ficção em um livro que trata da criatividade sem medo. Não daquela criatividade que se esconde em uma ilha isolada ou no pico de uma montanha junto aos eremitas, mas de uma vida criativa real e possível, na qual existe muita curiosidade, abertura para experiências e coragem, especialmente para aceitar os erros como parte integrante da jornada. O livro é dividido entre os capítulos: 1) Coragem; 2)Encantamento; 3) Permissão; 4) Persistência; 5) Confiança e 6) Divindade e traz ótimas histórias, bem como casos sobre a vida criativa.  

Roube como um artista – Austin Kleon

O autor do livro discorre sobre o seguinte mote: “nada se cria, tudo se copia”. Mas, ao falar em “roubo”, ele utiliza-se da metáfora de que sempre devemos estar roubando o que é bom dos artistas, das obras e de tudo o que nos rodeia para criar as nossas próprias referências. É por meio dessa aquisição que conseguimos construir novas ideias e, por meio delas exercitar a criatividade diariamente. Para Kleon, roubar está longe de “copiar” ideias, apenas de reconhecer que todo trabalho criativo tem origem em outros e que temos a capacidade de dar novas roupagens para criar algo único e nosso. Costurar dados, informações, insights e a própria percepção do cotidiano é o que garante trabalhos e ideias brilhantes.

O caminho do artista – Julia Cameron

Considerado por muitos como “a bíblia da criatividade”, o livro de Cameron traz exercícios práticos para uma vida mais criativa e muitas técnicas para enfrentar o “bloqueio criativo”. Para a autora, todo ser humano é criativo, pois essa é uma condição intrínseca à humanidade, mas que é preciso sempre exercitar a mente com técnicas e métodos que nos fazem encontrar com o nosso artista interior, com a nossa força criadora. No livro, ela traz, de forma sistemática, 12 semanas de exercícios e práticas para recuperar e/ou fortalecer a criatividade. Uma das técnicas que mais me chamou atenção foi a das “páginas matinais”, ou “morning pages”, que consiste em redigir, toda manhã, cerca de três páginas com pensamentos livres e soltos. A técnica promove além de uma limpeza mental, uma atenção aos primeiros pensamentos do dia, que costumam ser os mais puros.

Pense como um artista – Will Gompertz

De forma bastante ousada, o autor traz as histórias de artistas consagrados como Andy Warhol, Marcel Duchamp, Vincent Van Gogh com análises sobre as obras e algumas discussões sobre os processos criativos. Histórias que despertam para vivências que não são amplamente discutidas, mas que encorajam os leitores a libertarem o lado artístico, afinal, segundo o próprio autor “Somos todos artistas. Só precisamos acreditar nisso. É o que os artistas fazem.”

Escrita criativa: da ideia ao texto – Rubens Marchioni

A criatividade pode estar atrelada também com o fato de encontrar o seu “eu autor”. Nesse livro, Marchioni ensina algumas técnicas de escrita criativa e mostra algumas formas de como encontrar-se com a autoria no processo criativo que envolve o ato de escrever. Que consiste em encontrar um estilo próprio, ter coragem para expor suas ideias e persistência para aprimorá-las, além de trazer uma série de perguntas provocativas sobre criatividade. Uma delas me marcou muito: “De que outro jeito eu posso fazer o que eu estou fazendo?” E a atitude, a qual ele menciona, para responder a essa questão é simples: “Trabalhe incessantemente até descobrir.” – Provocador, não?

[BÔNUS]

O filho de mil homens – Valter Hugo Mãe

Com uma linguagem primorosa e cheia de neologismos, o autor conta a história de Crisóstomo, um pescador solitário que vai em busca de alguém que o complete, pois o fato de não ter tido filhos o tornou alguém solitário e que está sempre em busca de uma metade. Sua trajetória narra conflitos existenciais e aborda temas como solidão, tristeza, esperança, vulnerabilidade e sensibilidade. Por que indico? Além da linguagem bastante criativa, é um livro bonito que trata dos afetos que temos, que perdemos e sobre o porquê de mantermos na nossa vida as pessoas que estão próximas. A leitura é deliciosa e vale demais como uma ampliação do repertório criativo.

Como se encontrar na escrita – Ana Holanda

Ana Holanda, jornalista que passou por diversas redações em todo o país, conduz o leitor a uma jornada diferente. A proposta é se encontrar na escrita afetuosa, uma escrita sincera e visceral para que somente com o resgate do que vem de dentro, seja possível criar uma escrita verdadeira e única. O livro é delicioso e encantador – por meio das histórias dela, Holanda também traz uma série de exercícios práticos ao fim de cada capítulo para exercitar a criatividade, a escrita, a escuta e uma intensa observação do cotidiano.

Os livros são recursos fundamentais para ter ideias mais criativas. São formas de te conduzir ao percurso criativo com as ideias e dados de quem trabalha diretamente com isso. Suba nos ombros de gigantes para alcançar visões mais amplas sobre o mundo, sobre a vida e sobre si mesmo. Boa jornada!

P.S: Vale lembrar que depois de me inspirar tanto na Cláudia, nunca mais abandonei o meu caderninho de boas ideias.

Abraço,

André Castilho

Aposte no Stotytelling para recrutamento e seleção

Aposte no storytelling para recrutamento e seleção

By | RH, storytelling
Aposte no Stotytelling para recrutamento e seleção

Storytelling para encantar no Recrutamento e Seleção.

A área de recrutamento e seleção é sempre o front das empresas na busca de candidatos. E, na era digital, reter atenção e engajar pessoas para compor uma equipe é um grande desafio, pois, com tantas distrações, possibilidades e oportunidades, fica difícil ser uma empresa que marca durante a seleção. A saída, contudo, é simples: conte histórias. Aposte no storytelling para recrutamento e seleção de candidatos e se torne memorável antes mesmo da contratação.

Por meio do site Love Mondays os colaboradores avaliam as organizações onde trabalharam e, na era da transparência, as empresas precisam ficar muito atentas sobre a forma como tratam, como retêm e como engajam seus colaboradores. Hoje em dia é muito difícil vender uma imagem de ser uma empresa que respeita seus funcionários, mas que na verdade não cumpre o que promete. Todos os setores da empresa precisam estar alinhados à história da organização, o que sinaliza comprometimento, respeito e honestidade. Assim fica muito mais fácil dos recém-contratados vestirem a camisa da companhia.

Uma forma de começar a engajar as pessoas para tal, é começar a contar a história da empresa logo no primeiro contato e, assim, já é possível criar momentos inesquecíveis durante a contratação. Os candidatos das gerações Y e Z, por exemplo, quando procuram um emprego, não estão em busca apenas de bons salários e benefícios, mas de oportunidade, crescimento e reconhecimento – que pode ser permeado pela aptidão de contar histórias e de deixar um legado para a organização. O senso de propósito das novas gerações desafia ainda mais a área de RH na criação dessas experiências ditas “memoráveis” aos seus colaboradores.

Isso só é possível por meio de histórias. Desde pequenos, somos apaixonados por elas e faz parte da nossa evolução como seres humanos darmos muito valor às boas histórias. Elas nos servem de lição, apoio, aprendizado, compartilhamento, reconhecimento e ajuda a despertar o senso de pertencimento a algum lugar. Diante disso, preparei algumas dicas para te ajudar no storytelling para recrutamento e seleção. Garanto que as suas contratações nunca mais serão as mesmas.

Conte a história da empresa

Para começar, nada mais justo do que contar a história da empresa a quem se candidatou para a vaga. Durante o processo seletivo, conte a história da empresa aos candidatos e reforce o quanto é importante a candidatura deles, pois eles também desejam fazer parte dela. Isso pode ser feito por meio de vídeos institucionais, apresentações em Power Point ou mesmo por um material impresso da empresa. Esse cuidado com o recrutamento reflete em maior interesse das pessoas em poder iniciar uma nova história no lugar.

Descreva as vagas de uma forma atraente

Incorpore os conceitos de storytelling tanto na hora de criar uma vaga, quanto na hora de elaborar um job description. Para fazer isso, você deve incentivar o colaborador a fazer parte da empresa, fornecendo uma visão ampla do que as atividades que ele irá executar representam para o todo da organização. Aposte em destacar os benefícios, o salário, o campo de atuação e conte uma pequena história sobre pessoas em cargos semelhantes que construíram uma trajetória notável na empresa.

Mantenha uma forte presença nas redes sociais

Tenha uma história e uma identidade da empresa nas redes sociais. É uma empresa jovem? Engajada? Séria? Flexível? Qual história você deseja contar para atrair um tipo de candidato específico? É importante reparar que isso deve estar presente em todos os motes da organização, o que deve ser tratado tanto na comunicação interna (entre empresa e seus colaboradores) e na comunicação externa (que é a imagem que a organização passa). Quando há um alinhamento nesses discursos, existe maior possibilidade de engajamento e compromisso com a empresa.

Convoque o novo colaborador a fazer parte da história

A pessoa que está chegando ou vai chegar à empresa deseja ser muito bem recebida e acolhida pelos colegas, supervisores e demais membros da organização. Já existe uma situação de completo estranhamento por parte de quem está chegando, imagina só se essa recepção não for das melhores? É preciso ter consistência na história que foi apresentada e convocar o novo colaborador para fazer parte dela, como um novo membro e um local que tem tudo para ser acolhedor e promissor para uma carreira de sucesso.

Quando você conta histórias reais durante o recrutamento, você consegue a audiência, o engajamento e desperta o interesse dos novos colaboradores para fazerem parte da empresa. Como profissional de recursos humanos, vale a pena dispor desse poderoso recurso e utilizá-lo para contratações mais assertivas e com alto potencial de sucesso.

Quer saber mais?

Contrate uma palestra sobre STORYTELLING no RH e capacite um time de contadores de histórias!

Alimente a sua vida criativa

By | criatividade, empreendedorismo

Vida criativa sem medo? É só chegar!

A criatividade está sempre cercada de mitos e boa parte deles é responsável por colocá-la em um pedestal inalcançável. Aquela lâmpada que acende quando aparecem as ideias geniais nos desenhos animados tem muito pouco a ver com criatividade, por exemplo, e sim, com o início de um despertar, mas que precisa constantemente ser alimentado. Com o que e como você tem alimentado a sua vida criativa?

Bom, deixa eu explicar melhor. Esse lance de iluminação, de inspiração e de ideia genial que vem do nada está muito distante do que a criatividade realmente parece ser, ou precisa ser para que você se torne alguém criativo. E quando eu falo isso, é comum que muita gente se assuste ou até que me ache pretensioso, afinal, eu já trabalho com isso há muito tempo. É como se eu quisesse fazer algo complexo parecer muito simples.

Mas, não se engane, caro padawan: é simples mesmo!

Quando você entender que qualquer criação sua, seja ela qual for, é um filhotinho que precisa ser alimentado constantemente, vai ficar muito mais simples de te mostrar o quanto nós subestimamos o poder do cultivo das boas ideias reduzindo-as a meras fagulhas que demoram a aparecer e que, quando aparecem, devem ser levadas às últimas consequências, quando na verdade não funciona bem assim. Quer ver?

Criatividade é colaboração: uma mente ligada a outras mentes

“Pessoas normais falam sobre coisas, pessoas mesquinhas falam sobre pessoas e pessoas sábias falam de ideias.” – ao buscar essa frase no Google e clicar no Google Imagens, percebi que ela é atribuída a uma série de pessoas: de Leandro Karnal a Clarice Lispector, de Confúcio a Aristóteles. Mas, fique tranquilo, pois todos eles estão cobertos de razão. Diante disso, cabe pensar: qual foi a última vez que você parou para falar sobre as suas ideias? Pois, saiba que falar sobre elas é um dos alimentos mais saudáveis para que elas ganhem novos contornos. Exercite o hábito de compartilhar suas ideias e insights com quem está disposto a te ouvir, tanto para te apoiar, quanto para te criticar. Procure apoiadores e permita que eles possam compartilhar e contribuir. Hoje em dia, isso está ainda mais fácil com a utilização da internet. Não tenha medo de se expor e buscar grupos de discussão que são adeptos do que você acredita. Grandes ideias nascem de outras, pode apostar!

Pratique o desapego das suas ideias e compartilhe

Para compartilhar, contudo, é preciso desapegar. Não dá para se comportar como um acumulador de ideias e dados em um mundo como o nosso, de informações em escala exponencial. Assim como não dá para ser uma máquina-de-spam-ambulante, que só fala e não escuta. O equilíbrio está em compartilhar o que você tem e ouvir o que o outro tem para, a partir daí, surgir algo completamente novo para ambos. Ideias novas não podem e nem servem para enferrujar. Dê a elas o que elas precisam: movimento. A sua criatividade agradece.

Guarde e preserve o seu repositório de ideias

Tá, eu sei que é difícil ter à mão um caderno e uma caneta toda hora. Mas você pode, por exemplo, gravar. Que tal começar a gravar algumas vozes da sua cabeça? Alguns poemas, músicas, observações engraçadas sobre a vida e insights? Você vai se surpreender ao encontrar essas gravações que podem se tornar um repertório bastante produtivo para compor ideias novas. Então, organize o seu repositório, de preferência em um lugar só. Acho que o Evernote, por exemplo, é um ótimo recurso por isso. Dá para guardar áudio, vídeo, foto e o que mais você precisar para alimentar a sua vida criativa. Para quem trabalha com imagens, o Pinterest é, sem dúvidas, um excelente arquivo de referências para desenvolver a criatividade. Enfim, encontre o seu método, seja fiel a ele e cuide com carinho do seu repertório.

Não tenha medo de ser um amador: entusiasmo é contagioso

O mundo está mudando tão rápido que está transformando TODOS em amadores. É como se não pudéssemos mais acompanhar a quantidade de cursos e qualificações necessárias para se tornar um exímio profissional. Por isso, não dá para ter medo de ser “amador” e falar com paixão e entusiasmo do que você gosta e acredita. Não significa, é claro, que você não deva buscar qualificação em determinada área do conhecimento, mas sim, que saiba respeitar o seu tempo e abraçar o desconhecido para descobrir novos hobbies, rotinas e prazeres.

Aprenda a apanhar

Certa vez, minha mãe disse que quando vamos ficando mais velhos, o “couro vai ficando grosso”. Mas, ao invés de tomar o lado negativo desse sábio dito popular que consiste em se decepcionar tanto a ponto de não sentir mais, retiro daqui, a nossa capacidade de suportar mais as críticas e interferências no nosso trabalho. Ou seja, aprendemos a “apanhar” e sabemos bem quando as críticas são realmente boas e quando elas são totalmente dispensáveis. É esse aprendizado que nos ajuda a lapidar ideias e limar o que não precisa mais estar ali.

Diga não e encontre o seu horário de criar

Por último, mas não menos importante, o alimento mais nutritivo para a sua vida criativa é: tempo. Você precisa dedicar momentos do seu dia para criar. Portanto, evite assumir excesso de responsabilidades, saiba dizer não e respeite o tempo destinado para criar algo. Certa vez, eu questionei a um amigo como que ele, aos 26 anos, já tinha escrito 3 livros. A resposta foi rápida e certeira: disciplina. E comentou que mesmo quando ele não queria, ele se obrigava a escrever alguma coisa. Aprenda a criar esse momento todo seu e se possível, faça até uma plaquinha: “Mente criativa produzindo. Não entre!” e preserve esse espaço destinado exclusivamente para que a sua vida criativa possa fluir sem interrupções.

“Encontre a sua voz, grite bem alto e continue gritando até que as pessoas certas o encontrem.” – Dan Harmon

Abraços,

André Castilho

Ah, se este artigo te impactou de alguma forma, ajude-o a chegar a mais pessoas, compartilhando em suas redes. Se você quiser discutir sobre o assunto comigo, mande um whatsapp para (11) 96998-8002.

Quer saber ainda mais?

 

Acompanhe a saga do empreendedor criativo no youtube! 🙂

Adote práticas de Mindfulness na sua empresa

By | criatividade, RH

Mindfulness para equipes mais empáticas e produtivas

 

Tenho ouvido falar muito de mindfulness ultimamente. Acredito que deva ser porque em um mundo frenético como o nosso, a necessidade de silenciar a mente, ou pelo menos de tentar educar os pensamentos, tornou-se ainda mais necessária. Engana-se quem pensa que mindfulness é algo novo, pelo contrário, é uma técnica milenar muito difundida especialmente entre as culturas orientais.

No ocidente, contudo, muitas pessoas esqueceram-se de como é viver uma vida agradável e alegre, olhando para os outros, para a urgência e para as conquistas, ao invés de olharem para dentro de si mesmas. O grande lance é que, sem dúvidas, diante das dificuldades ou dos desafios, o mais fácil parece mesmo seguir adiante sem pensar muito no assunto e, de tropeço em tropeço, sem uma reavaliação, uma hora a situação fica insustentável.

Isso ocorre sobretudo no ambiente corporativo – sintomas como exaustão emocional, dor de cabeça, estresse psíquico e dores físicas podem caracterizar uma síndrome de burnout – que pode gerar afastamento, improdutividade e consequências mais graves que afetam a saúde do trabalhador. Pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma) mostrou que, em 2018, cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com o problema.

Vale a pena considerar práticas de mindfulness na empresa ou ao menos, convidar pessoas para falarem do tema na organização, a fim de despertar pessoas para a prática ou para as técnicas. Quer saber mais? Olha só!

O que é mindfullness?

Mindfulness é um estado de atenção plena e de consciência do momento presente – parece fácil, né? Mas, exige um compromisso contínuo, concreto e persistente nas práticas que valorizam o momento vivido ao invés de ficar sempre com o pensamento acelerado – seja pensando no passado, seja pensando no futuro. É um compromisso que se aprofunda ao longo do tempo e que é aprimorado com a prática constante. Para começar, preste atenção no agora. No que se passa nesse exato momento. Deixe a coluna ereta e concentre-se no que você está fazendo.

Técnicas de mindfulness para reuniões mais produtivas

Reuniões podem se tornar rotinas chatas e estressantes. Isso acontece porque boa parte delas começa sem um propósito específico, no qual muitas pessoas não sabem o porquê de estarem presentes, e as que sabem o porquê de estarem ali, em boa parte das vezes só estão ali com o corpo, mas não com a mente. Por isso, antes de começar qualquer reunião, uma técnica de mindfulness de um minuto pode ajudar a acalmar os ânimos e promover uma participação mais ativa dos presentes. Avise a todos que, como condutor(a) da reunião irá aplicar uma técnica para que todos possam se concentrar melhor nas deliberações a serem tomadas naquele espaço.

  1. Peça a todos que sentem de forma ereta e confortável;
  2. Sinalize que, durante um minuto, todos devem silenciar-se e prestar atenção na respiração e no momento presente durante um minuto;
  3. Volte para a reunião e peça que os participantes contribuam;
  4. Durante a reunião, evite ao máximo usar o celular, tanto para acessar aplicativos, quanto para atender ligações.

Pesquisas comprovam que as técnicas de mindfulness podem promover escuta ativa, foco, colaboração, paciência e mais senso de respeito entre os membros participantes da reunião.

Como fazer uma meditação mindfulness?

A meditação mindfulness traz inúmeros benefícios em todas as esferas. Prestar atenção no presente e vivenciá-lo, faz parte de uma vida mais plena e consciente. Para começar, reserve um tempo do seu dia para meditar. Pode ser no começo da manhã, antes de dormir ou depois do almoço. Escolha um momento com o qual você se sente confortável. Depois disso, siga os passos a seguir:

  1. Procure um lugar silencioso e confortável;
  2. Preste atenção na sua respiração (no ato de inspirar e expirar);
  3. Observe seus pensamentos sem julgá-los e, caso se distraia, volte a prestar atenção somente no ato de respirar;

Tente fazer isso várias vezes ao dia e também a prestar atenção em simples atividades cotidianas, como escovar os dentes, lavar a louça ou escutar um amigo/parente de forma sincera. Ao longo do tempo, aprimore a prática ficando mais tempo nesse estado – comece com meditações de um minuto e vá aumentando o tempo gradativamente.

Você pode tentar fazer meditações por conta própria ou mesmo de forma guiada, por meio de podcasts, vídeos no Youtube ou até em algum espaço propício para a prática, como um templo ou grupo de meditação, por exemplo.

Já pensou em montar um grupo de meditação dentro da própria empresa? Poderia ser uma iniciativa interessante.

Estimule os seus colaboradores a olharem para dentro de si e explorarem suas infinitas capacidades.

Conhece mais técnicas? Então respira fundo e vai!

Você é invisível na sua empresa?

By | André Castilho, RH, storytelling

Por André Castilho (artigo publicado originalmente na revista RH Pra Você)

O valor de uma pessoa pode ser medido pelas histórias que ela carrega em sua biografia. Mas como ter o nosso valor percebido dentro de uma empresa, quando não existe a oportunidade de compartilharmos nossas melhores histórias? Seja por nos sentirmos diminuídos dentro da hierarquia, por não nos vermos como protagonistas de nenhuma epopeia, ou simplesmente por não sermos encorajados, acabamos por guardá-las em um baú empoeirado, misturadas a outras coisas sem valor. E assim, vamos nos acostumando a seguir o script que nos é dado, sem que ninguém saiba quem somos, passando invisíveis aos olhos dos nossos colegas e superiores.

Um exemplo da transformação que as histórias causam em um grupo é quando chegamos no aniversário de um amigo e somos apresentados à roda de convidados. No começo, todos aqueles rostos parecem iguais e até intimidadores. Os nomes fogem da memória antes mesmo de desapertar o aperto de mão. É desconfortável se manter na roda, porque ninguém tem a menor afinidade com você – e nem você com alguém. Dói perceber que toda a sua existência e construção de identidade de décadas são insignificantes para aquele grupo, e o seu único amigo ali é o copo de bebida. Até que alguém resolve quebrar o gelo e vem puxar assunto: “de onde você conhece o Fulano?”, “e você faz o que da vida?”, “ah, que legal, você também pratica yoga! Ashtanga ou Hatha?”. E então, como num passe de mágicas, antes mesmo que o drink esvazie, vocês passam a existir uns para os outros. “Qual o seu nome mesmo?”. Dessa vez o cérebro guarda. “Me adiciona no Instagram”, “pega o meu Whatsapp”. Por que isso aconteceu tão rápido? Porque ambos trocaram pequenas histórias que revelam muito de quem vocês são. Com isso, criaram empatia um pelo outro. O que, no ambiente corporativo, é sinônimo de colaboração.

Faça o teste aí, na sua empresa. Olhe ao seu redor, por cima da sua baia. Você sabe o nome de todas as pessoas do seu departamento? Você sabe quem são essas pessoas, para além do papel social que ocupam dentro do escritório? Qual desses crachás esconde a dor de uma perda recente na família? Qual dessas mulheres enfrenta diariamente o escuro e as ruas desertas da periferia para pegar um ônibus às 5h da manhã e botar comida no prato do filho? E você? Alguém já te perguntou sobre a jornada que te trouxe até aqui? Você já contou para algum colega que você gostava de fazer shows de mágica nas festas de família, mas que hoje tem medo de falar em público? E aí, na devolutiva, essa pessoa lhe confessou que sempre quis aprender a dançar, mas que nunca se sentiu capaz? Como seria a relação entre vocês a partir deste dia?

Mas se as histórias de cada um não são muito conhecidas por aí, onde você trabalha, por outro lado, provavelmente todos os departamentos já estão comentando da assistente do diretor que recebeu uma promoção “porque ele gosta de loira” – e nem cogitam que, talvez, ela possa ter subido de cargo pelo seu talento. Ou que o Felipe, da contabilidade, e a Jussara, da limpeza, estão tendo um caso, escondidos. Absurdo! Mas a notícia da semana foi o climão que ficou quando a Juliana, do financeiro, “desfilou” o dia inteiro com a calça manchada de sangue menstrual, porque seu absorvente vazou no meio de uma reunião.

A fofoca é a modalidade de storytelling que reina absoluta no ambiente corporativo. Uma ferramenta inata do ser humano, que pulveriza veneno pelos corredores acarpetados e cria clãs de vikings dentro dos departamentos. Infelizmente, a maioria das empresas experimenta apenas os aspectos negativos do poder das histórias. Mas existe uma solução: cultivar um jardim livre de veneno e ervas daninhas, para que as borboletas possam se aproximar. Ao profissional de RH, cabe a maestral tarefa de incentivar e fornecer todos os recursos para que seus colaboradores aprendam – e se encorajem – a garimpar aquele velho baú esquecido para encontrar suas jóias perdidas. Imagina o impacto positivo que vai acontecer quando você, eu, a pessoa que senta do outro lado do seu monitor, conseguirmos olhar para o outro e enxergarmos um espelho, percebendo que o tempo todo estivemos invisíveis não para o mundo, mas para nós mesmos.

PS.: Se este artigo te impactou de alguma forma, ajude-o a chegar a mais pessoas, compartilhando em suas redes. Se você quiser discutir sobre o assunto comigo, mande um whatsapp para 11 96998-8002.
Siga André Castilho no Linkedin

(Foto por Ben White sob licença gratuita do Unsplash)

Admirável Mundo Novo

By | André Castilho, branded content, marketing, publicidade, storytelling

O ano é 2030. Mark Zuckerberg é julgado pela Corte Internacional de Justiça e condenado à prisão por apropriação indevida da identidade de milhões de usuários, cobrando-lhes royalties para uso da própria imagem. Executivos do Vale do Silício protestam, desativando suas redes sociais por 24 horas, causando um motim tão grande entre a população que o Tribunal é forçado a anular a decisão. Apesar disso, o Facebook já não passa de um cemitério de perfis abandonados e novas redes sociais estão em voga, grande parte delas pertencentes a Zuckerberg.  

Os maiores influencers da atualidade são avatares de inteligências artificiais com interface humana, que criam e distribuem conteúdo autômato e personalizado para a timeline de cada indivíduo, a partir da coleta de big data em tempo real dos hábitos de navegação, conversas privadas, expressões faciais e níveis hormonais de bilhões de usuários, captados pelas câmeras, softwares espiões e sensores instalados em 100% dos dispositivos móveis. A tendência veio para ficar. A Suécia é o primeiro país a legitimar o casamento entre um ser humano e uma inteligência artificial.

O conteúdo criado por humanos ainda resiste. O letreiro de Hollywood é substituído pelo logotipo do Netflix e milhares de plataformas de streaming florescem, cobrindo os mais impensáveis nichos de interesse. Nem todos os canais oriundos da TV conseguem migrar seu público para o streaming, vendendo seu espólio de conteúdos produzidos ao longo de décadas a preço de banana para quitar dívidas com credores. A publicidade interruptiva é proibida em 17 países. No Brasil, a TV a cabo está oficialmente morta e a TV aberta subsiste da locação do horário nobre para igrejas evangélicas. Na programação, reprises patrocinadas por anunciantes de produtos geriátricos, já que este é o único público que ainda consome o formato. A última agência de publicidade sustentada por comissões de mídia fecha as portas. A Globo é vendida ao magnata da mídia Felipe Neto.

As grandes marcas ignoraram todos os sinais de transformação dos últimos anos, e a maior parte delas paga um preço alto pela escolha de continuarem dependentes da base de audiência alheia, contando com a boa vontade dos influencers para produzirem mensagens com alguma relevância a um público emprestado. Para piorar, os poucos publishers que sobraram – e que também locavam sua base de audiência – já não têm alcance suficiente para massificar um conteúdo patrocinado.

Por outro lado, cerca de 10 anos atrás, algumas empresas começaram a investir na criação de conteúdos originais e na construção de uma base sólida de audiência, através de uma plataforma própria de streaming, passando sem grandes problemas pelos blecautes causados pelo esvaziamento em massa de usuários do Facebook e Instagram e do fechamento do YouTube em mercados europeus, após a implementação do Artigo 13, o que atingiu em cheio 90% das empresas, já que esses eram os únicos pontos de contato que elas possuíam com seus consumidores.

Hoje, as marcas que investiram lá atrás em montar seus próprios Netflix, faturam mais com conteúdo e licenciamento do que com a venda dos produtos e serviços que originalmente ofertavam. Algumas delas aderiram a modelos híbridos de negócio, que foram muito bem-sucedidos. Ao invés de oferecerem conteúdo gratuito – o que a longo prazo seria insustentável para muitas -, ou serviço de assinatura – cujo modelo já se vê saturado -, elas atrelaram o acesso à plataforma ao consumo dos seus produtos. A Nike, por exemplo, oferece 1 ano de acesso ao Nikeflix a quem comprar um tênis da linha Air, e 3 meses a quem realizar uma compra de pelo menos R$ 50 em suas lojas. Quem não consome nenhum produto da marca, fica de fora da plataforma. Consumidores que gastam mais de R$ 300 ao mês têm acesso antecipado a séries inéditas, que só estarão disponíveis aos demais usuários 6 meses depois. Clientes com maior pontuação no programa de fidelidade da empresa podem colaborar com os autores das séries em um fórum fechado, sugerindo interferências na trama, votando em enquetes sobre as possibilidades de desfechos, alterando o destino dos personagens e até fazendo uma ponta como figurante em um dos episódios.

Se em 2019, o storytelling parecia desgastado pelo mau uso da expressão por pseudo-gurus do marketing, em 2030, ele está no centro da estratégia de qualquer empresa, provando que a história continua sendo a ferramenta mais poderosa criada pela humanidade. Em tempos de inteligência e relações artificiais, é ela que nos conecta e nos ajuda a resgatar a identidade que nos foi usurpada.

*Esta é uma obra de ficção. Qualquer relação com eventuais acontecimentos futuros é mera coincidência.

OBS.: Se este artigo te impactou de alguma forma, ajude-o a chegar a mais pessoas, compartilhando em suas redes. Se você quiser discutir sobre o assunto comigo, mande um whatsapp para 11 96998-8002.
Siga André Castilho no Linkedin

(Foto por Andy Kelly sob licença gratuita do Unsplash)