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André Castilho

Histórias de impacto e o caminho da irrelevância

By | alma, André Castilho, branded content, criatividade, histórias de impacto, marketing, publicidade, storytelling

No auge da crise das queimadas na Amazônia, no final de agosto, eu recebi um áudio pelo Whatsapp de um amigo indígena da tribo dos Huni Kuin, que vive em uma das aldeias que mais castigadas. Ele me disse que estavam botando fogo criminoso na aldeia, e que membros de outras tribos haviam relatado tiros de metralhadora em plena madrugada para intimidá-los.

O caminho óbvio para mim seria fazer um vídeo denunciando os fatos, mas diante da dificuldade logística de ir para a Amazônia e da falta de disponibilidade de alguns parceiros para aquele exato momento, eu optei por dar voz ao cacique Tupi Ará Aruanã e compartilhar seu texto (intitulado “Carta à Humanidade: O Último Suspiro da Floresta”) em uma das páginas que eu tenho no Facebook, que possui cerca de 2 mil seguidores. Tratava-se de uma obra de ficção, uma história que eu escrevi, baseada nas denúncias que eu havia recebido. Veja o post aqui.Como minha base de seguidores era muito pequena, investi R$ 65 reais no impulsionamento do post e, então, a magia aconteceu.

Em 3 dias (período da campanha), a história havia recebido mais de 600 compartilhamentos, que multiplicados organicamente ao longo dos dias totalizam 954 compartilhamentos e 269 comentáriosA título de comparação, o Greenpeace divulgou um vídeo de sensibilização para o tema em sua página do Facebook no final de agosto com a hashtag #TodosPelaAmazônia e atingiu a marca de 217 compartilhamentos e 213 comentários. A página deles no Facebook tem 3.2 milhões de seguidores.

Qual é a lição que podemos tirar desse experimento? Que hoje, só há lugar para HISTÓRIAS DE IMPACTO.

Eu desafio você, diretor ou gerente de marketing que está me lendo agora, a convocar a sua agência e pedir para o VP de criação uma história que seja compartilhada 954 vezes com 65 reais de investimento de mídia. Pode produzir um vídeo de 1 milhão de reais ou escrever um simples texto, não importa, desde que você bata os meus números. Pra te colocar em condições de igualdade neste desafio, não precisa assinar com a sua marca. Só escolhe uma causa e vai fundo. Faz esse exercício e depois me conta como foi.

Se você não for bem-sucedido no desafio, não se desespere. A sua empresa não é a única fadada à irrelevância. Em uma década, 50% das top 500 empresas da Forbes serão riscadas da lista. É claro que existem dezenas de outros fatores, mas uma coisa eu garanto: dinheiro nenhum vai salvar a sua empresa sem investimento em narrativas de impacto.

 

Foto da capa: pixundfertig / Pixabay

Técnicas de storytelling para treinar times de vendas

By | storytelling

Engaje seu time de vendas usando storytelling

 

Jerome Bruner, um psicólogo da linha cognitivista afirmou em suas pesquisas que nós somos 22 vezes mais propensos a lembrar de um fato ou informação quando esses estão inseridos em uma narrativa. Pense comigo: são 22 vezes mais chances de recordar alguma coisa, inclusive de um produto ou serviço em potencial. Se a sua empresa ainda não utiliza o storytelling para treinar o time de vendas, saiba que há 22 vezes menos possibilidades de tornar o seu produto memorável.

O time de vendas é o front da organização. Área que traz negócios, oportunidades e que deve ser constantemente motivada para entregar bons resultados. Já sabemos dos inúmeros recursos para motivá-los, que já são largamente utilizados pelas empresas: metas agressivas, participação nos lucros, comissões, treinamentos. Mas, e sobre as histórias? Você já tinha pensado sobre o quanto elas podem conectar ainda mais o seu time?

Trabalhe tanto com a emoção do cliente quanto com a emoção do vendedor

O poder das histórias remonta ao início da civilização humana. Não é à toa que a Bíblia, o principal livro da religião cristã, seja composta basicamente por histórias que emocionam, que engajam e que transformam a pessoa que lê. Ninguém sai ileso a uma boa história. Isso porque elas suscitam interesse, tristeza, alegrias, perguntas, anseios, compreensões e inquietações que só podem ser vivenciadas por meio da emoção. É muito possível emocionar-se diante de uma boa história. Por isso, valorize essa poderosa ferramenta de comunicação tanto para o seu time de vendas, quanto para os seus clientes.

Storytelling para acompanhar a jornada de compra

A jornada de compra consiste em quatro estágios básicos: 1) aprendizado e descoberta; 2) reconhecimento do problema; 3) consideração e solução; 4) decisão de compra. Em cada um desses estágios, o cliente está suscetível a ser encantado pelo seu produto ou serviço, desde que resolva o problema ou questão que ele precisa resolver. Por isso, é preciso que o seu time de vendas seja treinado para agir em cada um desses estágios de maneira que possa convencer o cliente a tomar a decisão de passar para a próxima etapa até concretizar a venda. Diante desse cenário, é possível criar narrativas capazes de acompanhar os clientes durante toda a jornada de compra – o que o deixa ainda mais envolvido e seguro para tomar a decisão de comprar o seu produto ou serviço.

Storytelling versus argumentação

Contar histórias para vender um produto ou serviço é muito mais efetivo do que apelar somente para a argumentação em torno dos benefícios e vantagens do que está sendo oferecido. As histórias são mais envolventes, cativantes e ainda produzem emoção nos clientes – o que pode levar a vendas com maior recorrência, ou seja, que fidelizam os consumidores ou que os transformam em verdadeiros evangelizadores da marca. As etapas de encantamento envolvidas em boas histórias devem ser entendidas como um recurso poderoso e necessário para vendas de maior potencial e lucratividade.

Engajando o time de vendas para um bem comum

As histórias têm outro poder secreto: engajar pessoas para um bem comum. A gente se une por boas histórias e para boas histórias. Ou seja, para estimular o espírito de equipe, no qual o trabalho de cada um importa para o bom desempenho do time, vale a pena investir em histórias que os transformem em protagonistas do sucesso da organização. Construir boas narrativas, contudo, exige muita dedicação, conhecimento do público e pesquisa para saber o que de fato emociona a sua audiência. A jornada do herói, por exemplo, é uma técnica poderosa para ser utilizada e que há séculos faz o maior sucesso! Já pensou em transformar os membros do seu time de vendas em verdadeiros heróis? Faça essa experiência.

Gostou das dicas? Compartilha com seus amigos! 🙂

Simples atitudes para se tornar mais criativo

By | criatividade

Dá para ser criativo(a) em qualquer lugar!

Ser uma pessoa criativa não é difícil. Até acredito que, particularmente, todo mundo é criativo, só não explora ao máximo as capacidades porque a parte difícil mesmo é ter persistência para traçar caminhos mais criativos ao longo da vida. É muito mais fácil acostumar-se a uma vida previsível, ao conforto e ao local onde tudo dá certo e é possível.

Bom, pensando em você que está cansado de tudo isso aí acima, é que eu trouxe algumas ferramentas, recursos ou saídas para se tornar mais criativo no dia a dia. Pode parecer simples, mas sem persistência, boa parte do que eu trarei abaixo vai se tornar pequeno demais se você não se dedicar o suficiente.

O caderno que você nunca escreveu nada

Você começou um curso de uma coisa que você adora. Comprou um caderno novo para encher de anotações, mas na realidade não escreveu nada. O caderno ficou ali parado, em branco, jogado na gaveta do escritório implorando por atenção, um rabisquinho simples que fosse e nada. Bem, olhe para esse espaço especial e adote-o como o seu caderno de criatividade. Para ser criativo você nem precisa comprar o melhor apetrecho, não. Pega o velhinho mesmo. Faça anotações, listas, rabiscos, colagens, ilustrações e o que mais você quiser para construir as suas referências de criatividade. Depois de um tempo, você vai notar a diferença do que está sendo construído. Desafie-se a preenchê-lo por completo.

Aquele aplicativo que o seu amigo falou

Sobre meditação, sobre foco ou sobre os dois. Os aplicativos podem ser ferramentas muito úteis para te ajudar na criatividade. Tanto aqueles que servem para anotar referências quando você está na rua, como o Evernote ou o Google Keep, quanto um que te ajuda a ficar focado, como o Pomodoro. Mas, vá além! Registre o seu humor, as fases da lua e outros fatores que podem interferir na sua criação. Depois disso, faça uma análise e identifique os dias que você está mais criativo, os melhores dias para produzir coisas e seja persistente.

No meu canal de YouTube tem um vídeo onde falo sobre 6 apps que te ajudam a dar um gás criativo. Confira: 

Livros que nunca foram lidos

Não precisa comprar livros novos de criatividade. Mesmo! Pegue aquele livro que está na sua estante há meses e que nunca foi lido. As páginas dele escondem ótimas histórias para você se inspirar e se deleitar na leitura. Ler é um verbo que não deve ser conjugado no imperativo, por isso, no dia que der vontade, aproveite a leitura de forma despretensiosa – e, se possível, faça disso um hábito. Se todo dia você conseguir ler ao menos dez páginas, ao final de dez dias, terá lido cem. E se quer um conselho: todo criativo deveria ter a leitura como o principal dos recursos para buscar novas ideias.

Revistas que podem ser recortadas

Hoje em dia é difícil encontrar pessoas lendo revistas, mas, inevitavelmente, as pessoas têm muitas em casa por não conseguirem se desfazer delas. Que tal utilizá-las para técnicas de colagem? É simples! Comece a recortar fotos e palavras, misturá-las em colagens que façam sentido para você. É um exercício interessante de curadoria de conteúdos, desperta a criatividade e ocupa a mente por um tempo com algo bastante prazeroso de se fazer. Quer algumas inspirações? Busque por “collage” no Pinterest e surpreenda-se com os resultados!

Caminhos ainda não percorridos

Você faz todo dia o mesmo caminho para ir ao trabalho? Isso pode diminuir o seu potencial criativo. Para despertar a criatividade, vale a pena diversificar o percurso, inclusive utilizando um meio de transporte novo, como metrô, ônibus, bike ou patinete (para quem tem a sorte de morar perto do trampo). Para quem já é adepto do transporte coletivo, vale a pena tentar outro percurso que chega ao mesmo lugar. Você vai ver pessoas e lugares diferentes – uma atitude simples, mas que desperta a sua criatividade e exercita a sua mente.

O amigo que você não liga há décadas

Dias atrás recebi a ligação de um amigo que eu não falava há quase dez anos. O interessante foi perceber que é como se as conversas tivessem parado no tempo. Retomamos os planos de ir à Machu Picchu pela Trilha Inca e fazer um mochilão pela Ásia. Nos lembramos da época que saíamos juntos e da turma que nos acompanhava. Uma ligação que me rendeu muita nostalgia e ótimas histórias. E mais: uma vontade de sair ligando para os amigos da época para relembrar de bons momentos e até escrever sobre eles. É engraçado reviver o André de dez anos atrás – um exercício até interessante para entender aonde cheguei. Enfim, vale a pena tentar!

Ser criativo não tem nada de místico, nem tanto de tirar o coelho da cartola. É mais simples do que a gente imagina, mas exige persistência, curiosidade e abertura para o diferente.

Surpreenda-se com o novo todos os dias! 

PS.: Ah, e se você quiser mais dicas, separei esse vídeo aqui pra você, com 5 dicas para ser mais criativo:

Abraço,

André Castilho

O que é branded content e como ele pode ajudar a sua empresa

By | branded content, criatividade, La Casa de la Madre, marketing, storytelling

Curta-metragem produzido para a TAM pela produtora La Casa de la Madre

 

E se eu perguntasse a você qual foi o posicionamento de marca que mais chamou a sua atenção nos últimos tempos, você saberia responder? É muito provável que sim, pois ações pautadas no branded content, ou conteúdo de marca, costumam ser muito impactantes para as personas que se destinam e são lembradas com afeto ou simplesmente por terem causado uma boa sensação.

Grandes marcas como Dove, Coca-cola, Nike, Latam, Sky, O Boticário e várias outras, costumam usar o branded content como parte integrante das estratégias de marketing. É uma forma de se conectar com o público e transformá-los em verdadeiros embaixadores da marca, seja por questões humanas, seja por questões sociais, seja por questões meramente afetivas: o importante aqui é tocar no coração. Quer saber como fazer e conhecer alguns casos de sucesso? Acompanhe!

Branded content: criando um posicionamento de marca

Branded content, ou conteúdo de marca, é criar conteúdos diretamente relacionados ao contexto ao qual a marca pertence para transmitir mensagens que conectem a persona ao produto ou serviço. Ao invés de veicular anúncios e propagandas destinados somente a vender produtos, o branded content se ocupa de criar narrativas que engajam e transformam o consumidor em um agente de transformação ou mesmo de disseminação de alguma mensagem.

Content marketing versus branded content

Apesar de o nome ser parecido, content marketing ou marketing de conteúdo, não faz parte de uma estratégia de branded content, afinal, o primeiro destina-se a produzir conteúdo e informação para nutrir os leads que serão convertidos em vendas, enquanto o segundo faz parte de uma estratégia mais consolidada e que deve ser melhor pensada para tornar o público cativo ou verdadeiro adorador de determinada marca. Em tempos de redes sociais, uma estratégia de branded content deve ser muito bem pensada, pois qualquer deslize pode representar uma enxurrada de comentários e/ou avaliações negativas – algo que compromete diretamente a imagem da marca.

Como produzir uma boa estratégia de branded content?

Primeiramente é preciso conhecer a sua audiência. Quem são as personas, o que elas gostam, quais são os hobbies, quais são as motivações, e mais: o que faz os olhos delas brilharem? O que demanda uma série de pesquisas e coletas de dados nas mídias sociais e em canais comumente utilizados por essas pessoas. Além disso, observe os casos bem-sucedidos das empresas que já se utilizaram de branded content para reforçarem o posicionamento de suas marcas. E, por último, mas não menos importante: sempre personalize a mensagem. Esqueça os call-to-action e mensagens voltadas para a massa. As estratégias de branded content costumam ter um nicho bastante específico e que deve ser muito bem trabalhado.

Cases de sucesso utilizando branded content

Separei aqui, alguns cases de sucesso de filmes que eu criei na minha produtora, a La Casa de la Madre, que se utilizaram da estratégia de branded content e fizeram a diferença, seja pelo número de visualizações nos vídeos, seja pela repercussão na mídia ou pelos compartilhamentos nas redes sociais – que ocasionaram em consumidores apaixonados e verdadeiros evangelizadores das marcas.

Sky e Rock in Rio: “Na Rota do Rock”

Minissérie para a Sky e para o Rock in Rio que contava, em formato docu-reality a história de quatro músicos rumo ao maior festival de música do Brasil a bordo de um motorhome. Os vídeos somam mais de 30 milhões de visualizações.

Huggies: “Conhecendo Murilo”

No Dia das Mães, contamos a história de uma mulher deficiente visual que esperava pelo seu primeiro bebê. Com a ajuda de uma impressora 3D, imprimimos o ultrassom e, assim, ela pode conhecer seu filho antes dele nascer. A campanha teve premiações internacionais e foi citada nos principais veículos de mídia no mundo todo.

TV Globo: “Movido a Respeito”

Graças à tecnologia, um tetraplégico consegue realizar o sonho de pilotar um carro de F1, usando apenas o pensamento. A campanha foi vista por milhares de pessoas e rendeu atenção da mídia internacional e o prêmio Grand Clio Awards, até então inédito na América Latina.

Latam Airlines: “Reencontro”

Para celebrar a transição da marca TAM para Latam, criamos um filme de ficção em curta-metragem, contando a história de reaproximação de um avô com seu neto. O filme foi visto por 2 milhões de pessoas e foi selecionado para o festival de Hollywood LA Short Festival.

Da próxima vez que assistir um filme ou uma série, repare se você por acaso não está consumindo um conteúdo feito por uma marca. Netflix que se cuide.

 Abraços,

André Castilho

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O poder das pessoas integradoras

By | RH

Pessoas integradoras: que tal se tornar uma delas?

 

Nós, seres humanos, somos seres gregários – adoramos viver em grupos. E sempre tem aquela pessoa que é a responsável por juntar todo mundo. Você conhece? Ou é essa pessoa? Alguém que está sempre com grupos de amigos totalmente diferentes, que cumprimenta todos e faz muita questão de apresentar as turmas de amigos. Essas são as pessoas integradoras e o mundo precisa muito de gente assim.

Adoro quando as empresas estimulam que sejamos genuínos integradores. Quando fazemos festinhas de aniversário, recebemos os novos colaboradores, reconhecemos os méritos e conquistas de cada um, celebramos os casamentos, os nascimentos dos filhos e tantos outros momentos que merecem comemoração. Afinal, muitos de nós passamos mais tempo na empresa do que em casa e, sendo assim, nada mais justo do que compartilharmos as nossas vitórias e novidades com os colegas que se sentem mais pertencentes à empresa graças aos bons momentos partilhados.

Um RH integrador é aquele que busca essa interação promovendo eventos saudáveis entre os colaboradores. Esse espírito de equipe se fortalece a cada balão cheio de gás ou a cada velinha assoprada e faz parte de um movimento muito positivo para construir uma rede de apoio sincera, honesta e sensível aos problemas do outro. Além disso, tende a minimizar atritos e conflitos entre os membros da organização (apesar disso, eles sempre vão existir) a fim de tornar o clima organizacional mais leve e participativo.

É claro que ser uma pessoa integradora não é simples. Demanda certo esforço de ligar para as pessoas, manter contato, estar sempre atento às necessidades e se manter aberto para ser um canal de escuta ativa e sincera. Todavia, se a empresa estimula essa cultura entre os próprios colaboradores, a construção de relações afetuosas e respeitosas entre os colegas ocorre de forma bastante natural. E é disso que precisamos: criar memórias que nos conectem à organização e aos colegas para despertar pertencimento e gratidão, sentimentos quase esquecidos na pós-modernidade.

Valorize as pessoas integradoras

Independentemente se a organização estimula a integração entre seus membros, há sempre aquelas pessoas que se destacam neste quesito. Lembro-me bem de uma moça que sempre levava bombons no dia do aniversário das pessoas do setor dela. Chocolates estes que ela comprava do próprio bolso e escrevia um cartão afetuoso para seus colegas de trabalho. A atitude genuína reverberou tanto que passou a ser uma política do RH da empresa. Sem forçar a barra, essa moça era sempre lembrada pelos colegas pela simplicidade e pelo carinho com os quais ela compunha os cartões. São pessoas assim que marcam os lugares que passamos e que fazem realmente a diferença.

Que tal se tornar uma pessoa integradora?

Caso você ainda não seja, fica o desafio. Que tal se tornar uma dessas pessoas que reúne o time? Pode ser para o happy hour, uma festinha, um jogo de tabuleiro, um futebol, um almoço, um churrasco. Opções não devem faltar na hora de pensar em juntar o pessoal para se divertir, conhecer histórias e compartilhar momentos. Garanto que podem surgir longevas e sinceras amizades dessas iniciativas.

Abraços,

André Castilho

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Jornada do herói na comunicação interna: engaje seus colaboradores

By | RH, storytelling

Jornada do herói na comunicação interna

O mito do herói é o mais comum, o mais conhecido e talvez o mais antigo que se tem notícia na humanidade. É encontrado tanto nas mitologias clássicas, como egípcia, romana e grega, quanto nas narrativas mais modernas, como X-Man, Harry Potter e nos filmes da Disney. Mas, por que essas narrativas se conectam tanto com a gente?

Primeiro porque tem a ver com uma questão psicológica e ligada ao nosso subconsciente. O herói é um ser que está em busca de evolução – seja por meio do desafio, seja por meio de uma viagem na qual ele descobre a si mesmo. Segundo porque nós, humanos, amamos as boas histórias das pessoas que chegaram lá. 

Que conseguiram subverter alguma ordem vigente para inspirar outras pessoas a chegarem adiante. É como o mito da caverna de Platão: alguém teve que sair da caverna para contar o que (h)ouve aos demais. Alguns disseram ao que saiu, que ele era louco. Outros, que era herói – bem, me apego na segunda. Vamos conhecer a jornada do herói e como ela pode motivar seus colaboradores?

O que é a jornada do herói?

É a trajetória que o ser humano comum percorreu para alcançar o patamar do herói. Que, segundo Joseph Campbell no livro “O herói de mil faces”, consiste em 12 passos que o homem comum passa para que, enfim, se torne um herói e seja reconhecido e admirado pelos membros de seu grupo/tribo.

  1. Mundo comum;
  2. Chamado à aventura;
  3. Recusa do chamado;
  4. Encontro com o mentor;
  5. Travessia do limiar;
  6. Os testes e anseios;
  7. Aproximação da caverna escura;
  8. Provação suprema;
  9. Recompensa;
  10. Caminho de volta;
  11. Ressurreição;
  12. Retorno com o elixir.

Perceba que essa narrativa é tão comum que ela praticamente norteia a maioria dos filmes da Disney e de Hollywood. É o homem ou a mulher comum, que após encontrar com um mentor (que pode ser um mago, um chefe, o avô/avó, um bicho, um duende), passa por uma série de desafios, uma provação suprema, ganha uma recompensa e volta para casa para contar a jornada de sucesso que agora o tornou herói. Tal jornada é poderosa porque se conecta com as nossas experiências e visões de mundo desde os tempos mais remotos. E é praticamente inconsciente a nossa aceitação de histórias como essas – pois, os gatilhos que elas preservam são capazes de promover mudanças reais e transformadoras.

Jornada do herói para employer branding

Employer branding é um termo novo que tem sido muito debatido nos departamentos de RHs do Brasil e do mundo. O conceito é simples: construir uma marca para engajar colaboradores. Em suma, a jornada do herói é um recurso poderoso para contar histórias tanto sobre a empresa, quanto sobre os funcionários. Exemplo disso é utilizar fotos e histórias dos próprios vendedores da empresa, ao invés de recorrer a um banco de imagens. Fazer o vídeo institucional com histórias inspiradoras de mães, pais e pessoas reais da empresa. O poder de conexão nasce de admirar essas histórias e de pessoas reais que estão lado a lado nas baias todos os dias. A jornada do herói também pode ser usada para construir a narrativa da própria empresa – a fim de valorizá-la e criar a sensação de pertencimento – tão importante para nós, humanos.

Por que a jornada do herói é tão envolvente?

Além de ser uma história que nos é contada desde o início da vida e da civilização humana, ela traz os esforços que precisamos fazer, ou o percurso, ou a jornada que precisamos enfrentar para nos tornarmos heróis. Segundo Jung no livro “O homem e seus símbolos”, “representa os esforços que fazemos para cuidarmos dos problemas do nosso crescimento, ajudados pela ilusão de uma ficção eterna.” – não é à toa que tal jornada permeie inclusive os nossos sonhos e as nossas esferas mais subconscientes. Um recurso e tanto para inspirar por meio de narrativas genuínas, que reconhecem sobretudo, o fracasso e os desafios como parte fundamental da jornada.

Você já conhecia a jornada do herói?

Em que outras áreas da vida ela poderia ser aplicada?

Escreva para mim! Mande um whatsapp para: 11 96998-8002 e vamos trocar ideias!

Ferramentas de storytelling para profissionais de RH

By | RH, storytelling

Ferramentas de storytelling para RH

Dias atrás peguei a bicicleta e fui dar uma volta aqui pelo meu bairro. No caminho, fui pensando sobre o poder de uma boa história e a palavra que não me saiu da cabeça foi: movimento. Desci do apartamento, troquei palavras com vizinhos no elevador, coloquei o capacete e fui andando pela rua. Passei pela pracinha onde crianças corriam e brincavam no parquinho. Ainda na praça, vários cachorros e seus donos passeando em um dia de sol. Enquanto isso, na minha cabeça, fervilhavam ideias.

Tudo pode virar uma boa história, desde que a gente saia e busque por ela. Ainda não tenho relatos de pessoas que fizeram história sentadas na mesa do escritório ou no sofá, na frente da TV. Quando isso acontece, somos participantes das histórias dos outros e não protagonistas das nossas próprias narrativas. A primeira dica para uma boa história é: movimente-se! E, como profissional de RH, você sabe mais do que ninguém o poder que uma narrativa bem construída tem. Já falei aqui sobre o quanto ela é importante para a área de Recrutamento e Seleção e aqui sobre como engajar os colaboradores por meio do Storytelling.

Agora, vamos para a parte prática! Aqui, tenho algumas dicas para te ajudar na utilização de ferramentas e recursos de storytelling.

Conheça a empresa como ninguém

Quando falo que o profissional de RH precisa conhecer a empresa como ninguém, não tem nada a ver com saber as diretrizes estratégicas da organização (missão, visão, valores). E sim, com um conhecimento mais aprofundado sobre a razão de ser da empresa. Como começou? Em que ano? O que acontecia de importante na época da criação da companhia? São respostas fundamentais para você iniciar a construção de um memorial que pode conter histórias de pessoas que ajudaram a fundar a organização.

Utilize entrevistas e grupos focais para conhecer a audiência

Agora falo de pessoas. Você sabe quem foi o primeiro funcionário da empresa? Os bancos de dados de RH conseguem facilmente encontrar essa informação. Por meio desta, você pode começar a traçar uma história dessa pessoa e buscá-la (caso seja possível) para uma entrevista. A entrevista com um questionário previamente preparado, pode te ajudar muito a conhecer ótimas narrativas e conseguir informações poderosas sobre a empresa e sobre as pessoas que trabalham nela. Grupos focais também são recursos incríveis para serem utilizados como o início da construção de uma narrativa. Atente-se para ler bastante sobre o tema ou busque uma consultoria especializada para conduzir as entrevistas, os grupos e a construção da narrativa  da melhor maneira possível.

Localize um bom contador de histórias

Toda empresa tem um bom contador de histórias. Sabe aquela pessoa que atrai atenção de todo mundo, ou que está sempre cercada de uma roda de pessoas? Lá está a boa storyteller. Aproveite as capacidades dessa pessoa e observe como ela interage com os demais. Convoque-a para uma entrevista e perceba as técnicas utilizadas para contar boas histórias. Lembre-se: a escuta é o principal recurso para conhecermos bem algo ou alguém. Forneça um espaço seguro e sincero para que essa pessoa se sinta à vontade para criar, se soltar e contar as experiências dela.

Busque uma consultoria especializada

As técnicas, bem como os recursos para contar boas histórias devem ser aprimorados constantemente, afinal, na era da “distração”, a qual estamos imersos 24 horas por dia, exige muito mais habilidade para encantar pessoas. Pesquisa do McKinsey Global Institute estimou que boa parte das pessoas checava o e-mail ou as redes sociais, em média, 74 vezes ao dia e que, portanto, perdem a atenção muito facilmente. Contudo, se estiverem envolvidas em uma boa história, o tempo parece nem passar e mais: gera mais engajamento e produtividade.

Busque, portanto, apoio especializado para construir narrativas envolventes. Uma consultoria ou palestra de Storytelling no RH pode gerar verdadeiras transformações na sua empresa.

Fale comigo!

Empreendedorismo para subversivos: modo de fazer

By | criatividade, empreendedorismo

Subversivos e empreendedores

O subversivo não é nada mais do que um questionador nato, um destruidor de conceitos pré-existentes, um desobediente por natureza. Ao visualizarmos um modelo de empreendedor, por exemplo, é comum que nos deparemos com um homem de terno, pasta de couro e totalmente inclinado para o sucesso, mas pasme: as definições sobre ser uma pessoa bem-sucedida foram atualizadas. Afinal, com o excesso de informações que temos e a quantidade quase infinita de decisões que precisamos tomar por dia, nos tornamos mais questionadores desses modelos que pareceram ser o certo durante décadas.

Facundo Guerra, o autor do livro “Empreendedorismo para subversivos”, conta um pouco da trajetória dele, como empresário da noite paulistana, destacando todos os erros e acertos que o levaram a ser um dos empresários mais bem-sucedidos do país, sem a imagem idealizada do empreendedor, mas sim com a honestidade cortante de uma navalha: “você vai falhar infinitas vezes e precisa aprender a lidar com isso.” E mais: sobre encontrar o real propósito de empreender que tem muito pouco a ver com ficar rico e ser livre, e muito mais a ver com inovar e deixar um legado no mundo.

Empreender, portanto, está muito distante do conforto tão desejado por muitos. A inquietação e a exigência consigo mesmo são constantes e devem, sim, fazer parte do frio na barriga que todo empreendedor sente quando está no caminho certo. Contudo, é preciso se preparar especialmente para as dolorosas perdas que são parte indissociável de quem tem o próprio negócio e não vai desistir do que realmente acredita. Não é que você deva viver no “Mundo de Pollyana”, onde tudo é colorido e dá certo, mas que você tenha sim a capacidade e a força de levantar a cada queda – o que só faz sentido diante de um propósito real, que deve estar alinhado aos seus valores e à sua visão de mundo.

Notas sobre ser um subversivo

Boa parte das pessoas foi criada para obedecer e copiar. Quando encontramos pessoas subversivas, portanto, é comum que as taxemos de loucas ou mesmo inconsequentes somente por não estarem dentro do padrão vigente. Erasmo de Roterdã, consagrado teólogo e humanista holandês, escreveu no ano de 1509, o clássico “Elogio da Loucura” que, em suma, destaca o quanto é bom para nós humanos, termos alguns acessos de “loucura” de vez em quando. E que sem ela, não faríamos nem um terço das coisas que amamos. Isso tem muito a ver com ousadia e com questionar algumas regras que não parecem fazer sentido. É por meio da subversão que encontramos formas diferentes de criar novas invenções e, bem, é isso que nos diferencia de qualquer outro ser humano no mundo.

As exigências dos novos tempos para os empreendedores

Há cerca de dez anos, ninguém ousaria cunhar um termo chamado FOBO (fear of the best option) – que consiste no medo que nós temos de fazer alguma escolha errada diante das infinitas opções que temos. Antes, contávamos apenas com duas marcas de creme dental no supermercado (alguém aí se lembra da Kolynos?), enquanto hoje, são quase dezenas de marcas implorando pela nossa atenção nas gôndolas – isso só para a sua higiene dental de cada dia. Imagina só repetir essa sensação terrível de estar sempre escolhendo a coisa errada para tudo o que você precisa usar? Então, nada mais subversivo do que ousar na criação de uma marca que se conecta com o consumidor em todas as instâncias – que faz parte do estilo de vida que ele deseja ter ou tem. E mais: que o consumidor tenha afinidade com a sua empresa a ponto de se tornar um verdadeiro evangelizador da sua marca. Isso é subversivo ou não é?

As pessoas estão cansadas do “mais do mesmo”

Recentemente, ao procurar um filme para assistir, deparei-me com um que eu já assisti umas 5 vezes: “Na Natureza Selvagem”. O enredo conta a história de um jovem de classe média alta, recém-saído da faculdade, mas que queria muito mais do que apenas ser “mais um”. Em busca de respostas, ele encara a natureza, e sozinho, faz uma viagem para se auto descobrir. Histórias como estas estão se tornando cada vez mais comuns, especialmente entre os mais jovens e tudo isso para mostrar que as pessoas estão questionando as suas próprias realidades. 

Por isso, nada mais justo do que criar modelos de negócios para pessoas que possuem sede de viver e de subverter a ordem vigente. É uma tendência, que os consumidores busquem empresas e marcas alinhadas a seus valores de vida – que podem incluir questões ambientais, de gênero e de estilo de vida, como o minimalismo, por exemplo. E para atender a essa demanda, precisamos estar atentos aos sinais que o mundo e as pessoas nos emitem. Ser subversivo é, sobretudo, muito mais andar na rua por aí, ouvindo pessoas, do que montando um business plan no escritório.

Gostou? Então, que subvertamos mais por aí!

Já conhece o meu canal Empreendedor Criativo? Então conheça, se inscreva e venha trocar com a gente!

Data storytelling: dados que contam histórias

By | criatividade, empreendedorismo, storytelling

Data storytelling: dados que contam histórias

Um amigo da época da faculdade teve a ideia de realizar um evento que, para muitos (me incluindo nessa), é pra lá de chato: encontro da turma depois de trocentos anos. Algumas pessoas parecem ter repulsa em revirar um passado que ficou nas mesas da faculdade ou do bar, mas eu realmente me empolguei com a ideia. Sugeri um boteco sujo onde costumávamos fugir das aulas e criei um grupo no Whatsapp para que pudéssemos nos comunicar por lá. Uns nos acharam, outros foram achados e, para a minha surpresa, conseguimos reunir 20 pessoas da época para confraternizar e reviver os velhos tempos.

Neste grupo, compartilhamos fotos antigas, contamos as novidades uns para os outros e fizemos o aquecimento para o encontro real de nós todos, que não seria mais no boteco imundo de sempre. A pedido de cinco amigos que tinham filhos, seria na casa de um deles, para que as crianças ficassem num ambiente mais familiar. Chegou o dia tão esperado. Fui de Uber a uma loja comprar bebidas e alguns petiscos, passei no cartão de crédito, e me encaminhei até à casa do meu amigo. O motorista do carro era guiado pelo Waze e, eu no caminho, curtia fotos no Instagram de outros amigos. A corrida foi debitada do meu cartão e ao chegar, fui recebido por abraços de pessoas que não encontrava há anos.

Como cheguei tarde, boa parte da galera já estava lá e, uma amiga nossa, a Fê, sugeriu que tirássemos uma foto para que ela pudesse colocar no “Stories” do Instagram. Logo depois, no feed dela, apareceu um anúncio de uma empresa (que agora não me lembro o nome) que imprimia fotos pelas hashtags, #friendship: “Eternize os bons momentos com velhos amigos” era o mote. Apesar de ter me sentido levemente perseguido, fiquei envolvido na possibilidade de colocar a foto daqueles abraços no mural do meu quarto.

Vivemos ali momentos de nostalgia e emoção, compartilhados com outros amigos de nossas redes sociais. Enquanto isso, no submundo dos algoritmos, eram gerados uma infinidade de dados que as empresas detêm para nos fazer ofertas de produtos e serviços cada vez mais personalizados às nossas necessidades, muitas vezes embalados em uma história envolvente e emocional, o que aumenta ainda mais o poder dos dados.

É interessante perceber o quanto as boas histórias nos conectam com outros seres humanos. Estamos sempre alerta para saber o final, para ver se encontramos algo para nos inspirar ou mesmo para se conectar com realidades que se parecem muito com as nossas. Te soou familiar esse trajeto? É, eu sei que sim. Por isso é que as organizações não devem perder de vista a utilização dos dados em suas estratégias, seja de marketing, seja de RH, seja de finanças. E para facilitar o uso, a troca e o compartilhamento do conhecimento desses dados – que, por muitos anos ficaram somente nas mãos da área de TI, o data storytelling pode ser uma aliado poderoso nessas estratégias.

O que é data storytelling?

Data Storytelling é uma metodologia para comunicar dados por meio de histórias, ou seja, facilitar o entendimento dos dados com imagens, infográficos e vídeos para um público específico. É um recurso poderoso para melhorar a sua apresentação de relatórios, palestras, aulas e resultados. Isso porque nós, humanos, somos aficionados por boas histórias e costumamos prestar muito mais atenção nelas do que, necessariamente, em dados que pouco parecem se conectar a alguma realidade. Pense naqueles vídeos que mesclam números com pessoas para mostrar uma determinada informação. Eles são muito mais interessantes do que quaisquer outros, certo? Certo!

Como criar narrativas envolventes com análise de dados?

Diversos recursos podem ser utilizados para criar narrativas envolventes. Especialmente a utilização de vídeos, imagens, cores, infográficos, ícones e símbolos. Antes de começar, todavia, é preciso conhecer bem o público que você deseja se comunicar para que a narrativa desenvolvida se conecte com a realidade dele e que comungue com os seus princípios e propósitos de vida. Para ter sucesso, conheça bem a sua audiência.

Explicando dados para qualquer pessoa

Uma característica fundamental do data storytelling é a capacidade de simplificar o entendimento de dados para qualquer pessoa. É uma solução capaz de analisar dados, cruzá-los e apresentá-los a quem precisa ouvi-los. Assim, os tomadores de decisão conseguem fazer análises preditivas por meio de uma apresentação concisa, bem embasada, prática e que engaja praticamente qualquer público. Ou seja, muito mais importante do que simplesmente ter dados nas mãos, é saber o que fazer com eles para promover transformações e provocar insights ainda mais criativos e decisões cada vez mais conectadas com o propósito de ser da organização.

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Criatividade e empreendedorismo: tudo a ver

By | criatividade, empreendedorismo

Criatividade e empreendedorismo: tudo a ver!

 

Os manuais de negócio que me perdoem, mas o que mais tem a ver com empreendedorismo é a criatividade. Antes até de montar um plano de negócio, de juntar dinheiro, de buscar um financiamento, o que você mais precisa é de criatividade. Agora, esquece aquela ideia do criativo como um gênio solitário isolado numa montanha tibetana. O criativo está no dia a dia, está no mundo – e a grande característica dele é ser um observador atento. Um ser incansável em busca de soluções para tudo que é tipo de coisa.

Calma! Também não estou incentivando uma total subversão, tampouco a dispensa do planejamento que qualquer negócio precisa. É mais uma abertura para que você desça do salto ou tire o terno, para arregaçar as mangas e começar debaixo. Olhe o feirante, o carrinho de pipoca, o churros gourmet que vende no parque perto da sua casa. O que eles fazem de diferente? Como eles conquistam os clientes deles? É o sorriso? É o tempero que acompanha a família há séculos? Não sei. A dica que eu te dou é que você vá descobrir.

Depois do feeling, da observação, da escuta atenta e de ter um monte de ideias, comece daí a sua imersão no que pode se tornar o seu futuro negócio. E prepare-se: você vai falhar. Mas não se preocupe – faz parte do processo começar tudo de novo.

Para empreender, feeling e ousadia

Um insight é aquela fagulha que você não sabe de onde vem. Um estalo que pode permitir uma decisão brilhante que vai mudar toda a sua vida. Exemplo clássico disso é aquela conversa de fim de semana, quando seu amigo que está cansado do emprego atual, lhe propõe “abrir um negócio novo”. Tenho certeza de que aquilo vai ficar martelando na sua cabeça por algumas horas, dias, meses e anos – até que você pense com carinho sobre o tema. Ao pensar sobre, você busca o momento exato para começar com esse projeto ousado. Esse momento nunca vem. Sabe por quê? Porque você não consegue se escutar. Porque não está preparado para o feeling que precisa para mudar de atitude. Para desenvolvê-lo, busque o autoconhecimento para saber a hora certa de dar esse grande passo. A sua intuição deve atuar como aliada e nunca como inimiga. Medite para controlar seus pensamentos e silenciar as vozes que dizem que você não é capaz – a ousadia vem logo depois.

Humildade para escutar o que o cliente deseja

Tire a pasta de couro da mão, desça do salto, bote uma camiseta leve, uma calça jeans e saia com um caderno nas mãos. Vá observar pessoas. Pense como o seu cliente pensaria. Delimite bem o seu público ao olhar seus desejos, aspirações, interesses, poder aquisitivo e mais: saiba como agradá-lo. Esforce-se para o bom atendimento em todas as esferas para encantar a pessoa que vai até o seu negócio. Adoro quando eu vou a um restaurante e o dono do local vai nas mesas cumprimentar as pessoas, indicar um prato ou mesmo senta-se para conversar de maneira despretensiosa com os clientes. Isso se torna uma característica do espaço, que de tão acolhedor, traz mais pessoas para perto.

Copie para melhorar, nunca para plagiar

Sabe benchmarking? Acho que muita gente faz errado. Porque ao invés de copiarem para aprimorar uma ideia, adaptando-a, copiam-na apenas porque deu certo em determinado lugar. Veja, não é porque deu certo vender pipoca gourmet no aeroporto, que daria certo vendê-la na sua vizinhança. Por isso, ao invés de focar somente no produto em si, que tal pensar no formato de atendimento, nas embalagens e em outros fatores que fazem dessa pipoca um produto único para os seus clientes? Do que as pessoas da seu bairro gostam? Esqueça as planilhas, faça uma andança por aí.

Não se preocupe, você vai falhar

E vai por mim: faz parte do processo. Parece clichê dizer que o mais importante é levantar, mas eu acrescento que mais necessário ainda é levantar com um plano B. Por que não deu certo? Como posso fazer diferente? Eu entendo que falhar é terrível e que parece que há diversas pessoas apontando para você, mas não se preocupe. Só você conhece a sua história e não há ninguém mais apropriado no mundo para recomeçar do que você mesmo. Como num jogo de tabuleiro, volte três casas e aprecie o percurso. Nem sempre chegar ao final é o mais importante – mais vale o prazer de jogar.

[BÔNUS]

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